sexta-feira, 30 de março de 2012

Bienvenue à Paris


Cidade da luz, do amor, berço da baguete e do croissant, bem vindos a Paris.

A viagem de trem é agradável jogando Mega Senha, rindo e recebendo olhares estranhos dos franceses ao lado. Tão leve e divertida que você quase esquece para onde está indo.

Só a palavra Paris já dá arrepios. É, sem dúvidas, uma das cidades mais amadas e invejadas do mundo. Você vai a Paris e volta importante, ou assim se sente. Afinal, Paris é Paris.

E o francês? Isso me preocupava. No trem, aprendemos coisas mágicas com um aplicativo abençoado, do tipo "un, deux, tròis". Muito útil, de verdade. E os dias das semana, e as cores, me sentia uma criança feliz.


Mas ninguém comigo falava francês, nem meu pai, nem meu irmão. Fomos sozinhos, na cara e na coragem, na base do "Bem, a gente se vira". 

E os franceses? Isso também me preocupava. A reputação deles os precede, e eu realmente nunca tinha conhecido um amigável antes. Seriam eles tão rudes quanto os pintavam? Realmente esperava que não.

E não foram mesmo. Desde o primeiro taxista, que não falava inglês, e custou para encontrar o nosso hotel, até o recepcionista, um dos caras mais legais que conhecemos na viagem, que sinceramente tentou nos ajudar  com os mapas, atrações e tudo mais.

Gente fina, mesmo.
Nos metrôs e trens que nós temos relances desses franceses mal-humorados de que tanto falam. Mas dá pra entender. A vida lá é muito corrida, não dá pra ser feliz o tempo inteiro. Além do mais, as linhas de metrô tem infinitas paradas, curvas, voltas, é preciso prestar muita atenção para entender e não passar do ponto.

E a parte boa é que você pode ficar mal-humorado também e ninguém vai reclamar. Vamos lá, ficar sorrindo o tempo todo cansa. E pra mim, não é bem um sacrifício bancar a francesa. Enfim.


Mas devo comentar que outro esteriótipo francês realmente é verdade - o cheiro. Ou melhor, o fedor. Não são todos, mas sempre existe pelo menos um fedorento no recinto, que consegue espalhar sua essência em um raio de quilômetros, deixando o nariz de todos incomodados. Ou só o meu, que não estava acostumada.

É alarmante pensar que depois de três dias em Paris, o cheiro passa. Alarmante.

De qualquer forma, essa é somente a Paris Underground. Torre, Eiffel, Arco do Triunfo, tudo isso fica mais pra cima.

Nunca irei esquecer o momento em que eu vi a Torre pela primeira vez. Nós estávamos no metrô, uma hora ele subiu para a superfície, e eu pude ver a construção gigantesca, com o topo coberto por névoa, lá do outro lado da cidade. Nessa hora, todo mundo deve ter percebido que eu era turista, porque, também, né. Puxei meu pai, cutuquei meu irmão, procurei pela câmera, enfim.

O dia estava muito dublado quando nós subimos o elevador da Torre Eiffel. Mas quando descemos, fez um céu lindo de morrer. Azul, azul, sem uma nuvem.

Foi provavelmente o segundo ou terceiro dia mais feliz da minha vida.


O Arco do Triunfo no final/começo da Champs-Elysées também foi outra experiência única. Não nos aproximamos, mas a vista já valeu.

Passeamos muito pelas ruelas da cidade, tentando descobrir de fato como o parisiense vive. Entramos em cafés, pequenos restaurantes, padarias, desbravamos a capital francesa de forma inconvencional. Sem táxis, sem guias, sem nada.

No dia 10 de janeiro, meu aniversário de 15 anos, pegamos o trem para a Disneyland Paris, a famosa Euro Disney. O parque é pequeno e aconchegante, e a melhor parte é que nós podemos entrar no castelo da Bela Adormecida, cheio de vitrais coloridos por dentro.


As paradas também são curtas e assim menos cansativas, e ocorrem em momentos diferentes do dia. A última, La Magie Disney en Parade, com os carros alegóricos das princesas e as músicas mais famosas dos filmes, é a mais linda de todas. Posso jurar que a Aurora acenou para mim.


Paris é tudo que você espera, mas nada do que imagina.

A cidade não é exatamente bela, mas tem seu charme, que conquista a todos de uma maneira diferente e única. Nós três saímos com impressões diferentes da capital francesa.

Desde a saída do trem, ela havia me conquistado. Em Notre Dame, eu havia me apaixonado. E no avião rumo ao nosso destino final, Londres, pude finalmente concluir:

J'aime Paris.


Saudade, a Sherlock Fanfiction



Summary: In which we find out that boredem and excitement are not the only things the self-proclaimed soociopath does feel. Post-Reinchenbach.

A small reflexion on one of most powerful and untranslatable words in the world.

Link: Saudade
Characters: Sherlock Holmes/ John Watson
Author: Karla K
Genres: Friendship/Angst
Rate: K
Status: Complete


terça-feira, 20 de março de 2012

Feliz dia do blogueiro!

Esses feriados aleatórios que você nunca pensou que existiam... Enfim.

Sou cult - tenho um blog.
Se você tem um blog e consegue mantê-lo, então parabéns. Poucos sabem o quanto é complicado traduzir seus pensamentos em palavras e ainda publicá-los na Internet para serem vistos e avaliados por outras pessoas. Ser blogueiro requer coragem.

Ser blogueiro é escrever, pensar, brincar, dedicar horas do seu dia a um site e não receber nada em troca, é buscar inspiração na sua rotina para postar algo novo, é a vontade de compartilhar, de se conectar, de seguir e ser seguido, de ser reconhecido e conhecer. 

É ter um layout bacana, é a alegria de receber um bom comentário, é fazer crítica de filmes, é criticar o seu dia,  falar de um viagem inesquecível, carregar fotos e se frustrar com vários rascunhos nunca postados.

É a sua chance de ser alguém no mundo virtual. 
É, simplesmente, ter um espaço só seu na imensidão que é a Internet. 

O blog é meu e por isso estou postando a foto de uma lontra que parece o Benedict Cumberbatch.


sexta-feira, 16 de março de 2012

E a culpa é do detetive

Assistir a um episódio de Sherlock é uma experiência única - em todas as vezes. Você sempre desvenda algo novo e se sente mais inteligente. E inevitavelmente mais burro, burro, muito burro. Tão burro que você nem se preocupa mais com o fato de ser burro, já se conforma com isso. Sou burro e pronto.

Tão burro que você percebe que não é burro. Só não é o Sherlock. E você sorri ao lembrar que é uma mente normal. De qualquer forma, você ainda tenta aplicar métodos de dedução com as pessoas da rua, inconscientemente, e é claro, sem sucesso. Como ele consegue? E fica ainda mais apaixonada e maravilhada e renovada com a série.

Já que não podemos ser gênios, ao menos podemos citar Sherlock e associar Sherlock a tudo no dia. Tudo mesmo. Desde aulas de filosofia sobre John Locke a ouvir Britney Spears no carro. Everything is Sherlock and everything hurts.

Ao menos, alguns de nós são sortudos e tem amigos sherlockians para surtar por aí. Eu, felizmente, sou um exemplo. E continuo espalhando o vírus por aí. Ninguém até o momento assistiu e não gostou. Obviamente. 

Outra vantagem de Sherlock é a universalidade. Pode assistir com pai, mãe, irmão, tios, amigos, todos irão concordar sem reclamar. Afinal, é Sherlock Holmes. As pessoas querem se sentir cultas, por isso assistem. E no final saem mais burras, mas isso não importa.

Minha mãe assiste Sherlock comigo. Fazia um tempo que nós não nos falávamos direito, eu passei umas semanas morando longe e ninguém ousava abrir a boca se não lá vinha outra discussão. Bastante tenso. E quando começou a assistir comigo, aquele passou a ser um momento nosso da semana.

Um momento que consistia, basicamente, em colocar o episódio na televisão, ficar quieta, comer pipoca, ela fingir que está entendendo, eu fingir que estou tudo bem com isso e ter 1 hora e meia de calma, paz e serenidade. 

Aos poucos, ela passou a gostar. Do jeito dela. Acho. "Who knows what's going on in that funny old head of hers". E enquanto isso eu fico aqui escrevendo "IOU" em carteiras, assistindo a filmografia dos atores, criando e aperfeiçoando o meu Palácio Mental, sendo feliz do meu jeito sherlockiano de ser.

Faltam dois episódios para o final da Season 2, e ela já perguntou quando iremos assistir novamente. "Logo", eu digo. 

Na verdade, eu só não quero que acabe tão cedo.