domingo, 26 de dezembro de 2010

ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO

Mais um ano.

Você pode até ter achado que ele não foi bom, que você não fez nada, mas... não neguem. Vocês viveram mais um ano. E eu também.

2010.

No universal... Ano da Copa, ano de eleição, ano do twitter, ano dos terremotos. E principalmente, o ano do Rebolation.

"Rebolation é bom, bom. Rebolation é bom, bom, bom". CHEGA. Eu já entendi da primeira vez.

Ou

No particular... O ano do nascimento da sua filha, o ano de comprar carro novo, o ano do seu casamento...

Sabe, todo mundo reclamou. Mas todo mundo se divertiu também. Todos nós crescemos.

2010.

É com grande alegria que dizemos adeus pra você, querido.

2011.

Espero que você esteja apto para assumir o cargo. Afinal, não é qualquer um que pode substituir 2010, não... Tem que ser alguém de MUITA fibra.

Alguém que saiba ouvir discussão, aguentar porrada, tudo isso calado.

Mas também, alguém que saiba compartilhar (e proporcionar) os melhores momentos da sua vida.

Tudo isso pode (e vai) acontecer em 2011. Depende de você.

Já pensou? Talvez você seja promovido. Talvez você compre um cachorro. Talvez você realize o sonho da casa própria. Talvez você encontre o amor da sua vida.

2011 pode ser O ano da sua vida. Aproveite cada oportunidade, mas também não tenha medo de errar.

Afinal, sempre vai ter o ano seguinte...

***

Eu desejo, sinceramente, para cada pessoa que estiver lendo isso, um ótimo ano novo. Feliz 2011, pessoal.

E lembrem-se: "O que te engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo, mas o que você come entre o Ano Novo e o Natal." (Solange Couto)

domingo, 19 de dezembro de 2010

HARRY POTTER VS. BELLA SWAN

Garante uma pequena reflexão...

O Harry tenta salvar seus amigos do perigo eminente…
Os amigos da Bella tentam salvá-la do perigo eminente;

O Harry tem seus 2 melhores amigos apaixonados…
A Bella tenta não se apaixonar pelo seu melhor amigo;

O Harry às vezes é tão corajoso que parece burro…
A Bella às vezes é tão burra que parece corajosa;

O Harry odeia voar em motos voadoras…
A Bella quer voar em cima de qualquer moto;

O Harry levou um “toco” quando convidou uma menina para o baile…
A Bella deu 3 “tocos” porque não queria ir ao baile;

O Harry não sabe dançar direito…
A Bella não consegue nem andar direito;

As coisas acontecem com o Harry quando algo está cheirando mal…
As coisas acontecem com a Bella por que ela cheira bem;

O Harry daria tudo para ser um bruxo normal…
A Bella daria tudo para não ser uma pessoa normal.


***

Para aqueles que ainda insistem en comparar as sagas... vejam que não tem comparação.

Fonte: http://fanzone.potterish.com/geral/listas-engracadas/harry-potter-vs-bella-swan

sábado, 18 de dezembro de 2010

CREPÚSCULO E A LITERATURA CONTEMPORÂNEA

Olá, pessoal.

Vocês devem ter percebido mudanças no blog. É que eu já estava tentando mudar o Design faz séculos, só que nunca dava certo. Enfim, hoje deu.

Eu não sou muito fã de cores claras e alegres, aquele azul já estava me deprimindo... Eu também teria mudado a foto, se não tivesse ficado tão estranho.

Esquilo intrometido E fotogênico.
Era pra ser um esquilo. Um esquilo fofinho. No meio da cidade que é o novo plano de fundo. Aí, eu seria "um esquilo na cidade". Maaaaas, toda essa história metafórica de esquilos selvagens em selvas urbanas não deu certo. O esquilo virou um gigante. Um dia eu ajeito tudo. Enquanto isso, menina de braços levantados e na beira do mar, você continua.

Como eu GOSTO de esquilos, aqui vai uma foto que eu achei muito engraçada.

Maaaas, como o post hoje não fala sobre esquilos, acho melhor trocarmos de assunto logo.

O assunto filosófico hoje é CREPÚSCULO E A LITERATURA CONTEMPORÂNEA.

É impossível que qualquer pessoa neste mundo não saiba do que o fenômeno Crepúsculo se trate. A não ser que você seja um heremita solitário que vive nas montanhas da foto acima, é claro.

Lembro de quando o mundo já estava se recuperando da febre HIGH SCHOOL MUSICAL. E tudo era tão calmo... chato, até. Adeus, Zac Efron!

As meninas adolescentes precisavam de um novo motivo para viver.

E aí surge... TARAM!

CREPÚSCULO!

A humana normal que se apaixona pelo vampiro bonzinho que brilha no sol, e juntos tem uma bela história de amor e uma filha chamada Renesmee, depois de quatro livros.

E foi sucesso instantâneo... digo, depois que o primeiro filme foi lançado, porque antes...
Aqui o primeiro livro. E a bendita maçã.

Acho que Crepúsculo só teve tanta repercussão entre as jovens de 11 a 15 anos porque mostra tudo aquilo que elas estão procurando, tudo aquilo que elas sonham.

O romance de conto de fadas, o homem perfeito, o romance, o pudor, o descobrimento do sexo, e segue o bonde.

Não importa a história, desde que a Bella sinta essas borboletas no estômago toda vez que toca o Edward, e que ele diga "Eu sou perigoso, você devia se afastar de mim, mas se você fizer isso, eu morro", e Bella responda "Eu também.".

E o povo suspira.

Sinceramente, acho que isso não é muito... an... legal, não.

Tá, é bonitinho e tals, mas será que é uma história fantástica?

Stephanie Meyer não precisou de muita inteligência pra isso. Mas não posso negar que ela foi muito esperta, porque isso ela foi.

Eu mesma já li a saga toda. E realmente só me empolgava quando a Bella estava com o Edward, o resto tudo era tão chato... aquelas histórias quileutes, o exército chato de vampiros... juro que não entendi até agora aquela coisa de rastreador.

Não que as partes com a Bella e o Edward fossem tão interessantes, afinal, nada acontecia.

Eu sempre achei a Bella muito idiota.

Porque, afinal, ela tem cara idiota, tem atitudes idiotas e pensa como uma idiota.

Eu pensei que no século XXI as mulheres já seriam mais independentes.

E o Edward é um... pamonha. Sem comentários.

A autora de sorte.
Lua Nova é um saco. Se você lê um livro porque não gosta de ficar entediada, não leia esse. Afinal, esse te deixa mais entediada ainda.

E tem o lobo chato. O Jacob. Ou como eu gosto de chamá-lo internamente: Jacó.

Dizem que tem aquilo de "o amor de conto de fadas" e "o amor real". Eu não achei nada disso até agora.

Pra mim, a Bella queria os dois. Ô menina volúvel. Eu até fico com pena do Jacob no final. Gosta tanto dela, e termina com a filha dela (?).

Além da história seguir os mesmo padrões das histórias normais.

Eles se encontram na aula de biologia  (porque a Meyer não consegue pensar num modo melhor deles se conhecerem).
Ele salva ela dos marginais da rua.
Ele some.
Ela sofre.
Ele volta.
E ela pula de alegria.
Eles vão pro campo.
Estão apaixonados.
Vivem um pouco isso.
Vem o pessoal do mal.
Tentam matar a Bella.
Matam o pessoal do mal.
E vão para o baile.

Que meigo.

Uma coisa que eu sempre achei muito mal fundamentada era aquela Victoria armar UM EXÉRCITO TODINHO SÓ PRA MATAR A BELLA.

Poxa, Meyer, era hora de aumentar o nível da história. Por que eles não podiam tentar DIZIMAR A CIDADE? Aí sim, seria uma AMEAÇA.

Além do "Vamos furnicar, Edward?", "Não, agora não", "E agora?", "Só depois que a gente se casar", "AAH, eu não quero esperar.", "Desculpe, minha filha, mas eu sou um vampiro antiquado, e vai ser do MEU jeito."

Aí, a moça engravida. Logo de primeira. Ô sorte. Eu queria saber como isso foi possível, já que ele estava morto faz 90 anos, e não tinha mais sangue para descer para o seu... Bom, isso é assunto para outro post.

Quero lembrar que esse post foi somente para mostrar o meu ponto de vista, não precisa ser necessariamente a sua opinião, e também nem precisa fazer sentido. Afinal, eu escrevi tudo isso de madrugada e de uma vez só, então... Eu posso ter escrito besteira, maaaas, tô nem aí.

Amanhã ou segunda eu volto, com uma reflexão (que dessa vez não é minha) HARRY POTTER X BELLA SWAN.

Adeus, corujas, até breve, e comentem.

Afetuosamente,

Eu.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DESABAFO DA MADRUGADA

Fala, Brasil.

Aqui sou eu mesma, a lunática Karla Kizem, que não tem mais mais nada a fazer nesta madrugada, além de dormir. Mas dormir é pros fracos.

Ou pros que conseguem. E eu não consto nessa lista. Mas como eu queria...

Tudo bem.

Enquanto os outros dormem, eu filosofo.

***

Como a maioria de vocês já deve saber, eu escrevo a fic ISABELLA HOLMES - A DETETIVE.

Se você não sabia disso, não se sinta excluído.

Nossa, foi uma maravilha no começo. Eu escrevia pra diversão dos outros, e era só uma brincadeira. Uma brincadeira chamada KARLA HOLMES.

E era, basicamente... comédia.

Mas aquelas comédias legais, com piadas bem elaboradas e trocadilhos bem feitos. E que eu achava uma graça escrever.

Aí, eu cheguei em uma conclusão... Tá, eu escrevi, e o troço está grande. E agora, quem vai ler?

Será que eu posto no blog? Sim.
Mas QUEM entra nesse blog?

Pois é.

Então, eu me lembrei das fanfictions. Das fanfictions de Twilight. E do público que eu já estou acostumada a lidar, que eu já conheço, e que provavelmente iria ler.

Ideia perfeita.

Mas, nesse caso, eu teria que mutilar a história. Transformá-la em algo comercial, só para fins de publicação.

Será que valia a pena? Bom, valia.

Todo autor tem que fazer sacrifícios se um dia quer ser reconhecido e independente.

Só que...

Eu sei que muita gente vai querer me matar, agora, mas eu não gosto de Twilight.

De lá, saíram MUITAS fics excelentes, não posso negar. Por causa das autoras fantásticas.

Mas... as leitoras... Digo "as leitoras" porque, sério, você já viu algum GAROTO que lê fics de Twilight?

Não.

Porque Twilight não atrai meninos.

Eu vou explorar melhor essa minha opinião sobre Twilight em outro post amanh... digo, mais tarde.

Continuando, o fato é que eu não queria transformar a minha história em algo TWILIGHT.

Eu podia fazer uma HERMIONE HOLMES, eu podia. Mas, em fanfictions de Harry Potter, eu ainda sou novata, não sei os sites em que posso ler e publicar, como arranjar mais leitores... Além do mais, fics de Universo Alternativo em HP... não colam.

Enfim, ISABELLA HOLMES foi a única opção.

Ajeitei tudo, modifiquei tudo, feliz, porque eu ia publicar a minha historinha...

PRONTO. Publicado.

Agora, é só esperar... e esperar... e esperar...

Onde estão os leitores?, lembro de ter me perguntado isso no dia que postei.

Quase nenhuma visualização.

E foi quando eu me toquei: 93,8% das usuais leitoras de fics twilight só gostam da mesma história água com açúcar, do mesmo modelo de narrativa, dos mesmos acontecimentos, enfim...

Não gosta de ler nada diferente disso. Se você não é assim, e lê fanfictions de twilight, sabe do que eu estou falando.

Aquela história de "eu te odeio", depois, aí tem enrolação, aí "eu ainda te odeio, mas estou começando a achar que estou me apaixonando por você", e eles ficam em algum lugar presos, e tudo acontece. Lá vem a lemon. Super detalhada. E mais enrolação, acontece alguma briga, mas um depois corre atrás do outro, e "eles tiveram uma filha chamada Renesmee, e viveram felizes para sempre".

Me poupem.

Quantas vezes vocês já leram algum assim?

Tá, tá, parem de contar. Eu sei que já foram muitas vezes.

E, quando vem algo novo, uma AVENTURA, uma COMÉDIA, uma história ORIGINAL e com uma autora FENOMENAL, é aquela desconfiança.

Quantas vezes vocês já não pensaram assim também?

Eu sei que a minha história pode não ser tudo isso, mas merece uma chance, também.

"Deixem o Rob passar, meninas!"
Mas, para isso, precisaríamos mudar a mentalidade de muitas leitoras. Porque, cá para nós, a maioria (não disse todas, não deem chilique) das fãs de Crepúsculo são AS adolescentes cheias de hormônios e que gritam pelo Robert Pattinson, e gritam pelo Taylor Lautner, e que tem a cabeça muito... limitada, prefiro dizer asism.

Porque a obra a ser retratada não é aquela belezura. Não é algo que realmente vale a pena.  É só... "eu quero você, mas não posso ter você, vamos esperar até o livro 4 para isso".

Há, e o povo gosta.

Acho que é por isso que tanta gente vai a procura de fanfics de crepúsculo: porque a história original não é tão boa; deixa a desejar.

Já encontrei tanta gente que pensa assim também...

BOM.

Eu continuei escrevendo os meus contos, e devo dizer que A VOLTA DAS QUE NÃO FORAM é o meu preferido. Porque é a história que eu sempre quis escrever.

Mas, parece que o povo não gostou.

"Cadê o Edward?", ficam dizendo. "Ele ainda vai aparecer?", "Ele vai estar na história?".

Como se o romance fosse tudo. E os outros valores?

Amor, amizade, lealdade, compreensão, e aquela coisa toda... Isso não é ADMIRÁVEL também?

***

Estou escrevendo ISABELLA HOLMES E O ESPECIAL DE NATAL. E, sim, o Edward vai aparecer na história, porque eu queria dar uma variada.

Como Edward Watson.

Nada de Cullen.

Aliás, nada da mesmice de Crepúsculo. Começando pelos sobrenomes.

Não me entendam mal: eu fico grata por tudo que Crepúsculo proporcionou pra mim, pelas pessoas maravilhosas que eu conheci nos tópicos de fanfictions... mas... é que eu não acho que é uma saga que deva ser tão endeusada assim. É publicidade demais. É hormônio demais. E é gente sem conteúdo demais.

Você, fã de crepúsculo que por algum milagre continua lendo isso, por favor, faça a diferença.


Tenha discernimento.
Saiba avaliar.
Saiba descartar.
E não fiquei alheio às novas coisas que surgem por aí.
Elas podem te conquistar, também.
É só ficar de olho.

Conclusão: Eu me rendi à Crepúsculo pelo bem maior. Não me arrependo.
Eu sei que pode melhorar.

E enquanto ainda tiver alguma pessoa pedindo por novos episódios... eu continuarei escrevendo.

E eu também sei que vou achar tudo isso que eu escrevi agora uma besteira daqui a algum tempo, mas... isso é assunto para outra madrugada.

Boa noite, Brasil.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SÓ PRA REFLETIR...



TRADUÇÃO LIVRE:

E se Harry nunca tivesse recebido sua carta de Hogwarts?

E se Lílian tivesse escolhido Snape em vez de Tiago?

E se a profecia nunca tivesse sido ouvida?

E se Snape não tivesse amado Lílian?

E se Rabicho nunca tivesse contado a Voldemort o segredo de Lílian e Tiago Potter?

E se Tom Riddle tivesse se apaixonado por Mérope Gaunt?

E se Voldemort tivesse conhecido o amor?

E se Pettigrew tivesse sido capturado?

E se Gina tivesse morrido na Câmara Secreta?

E se Perebas tivesse virado amarelo?

E se JK Rowling nunca tivesse escrito Harry Potter?


Sua vida seria a mesma?


FRASES QUE NUNCA OUVIRÍAMOS EM HARRY POTTER

Dando continuidade a um post d'O PORTAL DA LHAMA , e ao perído EUFORIA PÓS RdM, mais um post legal sobre Harry Potter. Divirtam-se, e comentem!

Ao lado, uma foto completamente... improvável.

Adoro.


Harry


- Pra quê eu vou arriscar a MINHA vida pra salvar a dos OUTROS?

- Detenção? Com a Umbridge? To dentro! A que horas?

- Hum… Minha tarefa de casa? Er… Meu padrinho comeu…

- Eu adoro ser idolatrado! ME AMEM!

- Jogar quadribol? Ah… Tô afim não…

- Vem cá Snape, me dá um abraço!

*Chutando o Canino* - Sai daqui cachorro chato!

*No Natal* - Obrigado Rony! Uma bandeira da Sonserina! Era exatamente o que eu queria, vou pendurar na cabeceira da minha cama!

- Olha, Tom, será que a gente não pode negociar não, hein? Eu te digo onde fica a sede da Ordem da Fênix, te entrego o nome de todos os que fazem parte dela que eu conheço, e nos tornamos amigos! O que você acha? Juntos podemos dominar o mundo! MUAHAHAHA!!!…Desculpa… Me empolguei… Tô vendo muito Pink e o Cérebro…

- Cho, chorona! Vê se me erra! Por que você não morre e vai encontrar com o Cedrico no além, hein?

- Parabéns pelo sexagésimo nono aniversário Tio Voldie! Olha o que eu trouxe de presente para você: Um a coleção completa dos meus livros! Quê? Cê já tem? Que pena… Não tem problema, eu troco pela d’O Senhor dos Anéis.

- Oi Gina, tudo legal? Que tal um passeio pela Câmara Secreta hoje?

- Fawkes, sua emo, vá chorar no braço de outro mané!


Rony

- Hermione, você não é uma sabe-tudo, eu é que sou um sabe-nada...

- Mãe, pai, será que vocês não podem parar de fazer filhos?

- Deixa que eu pago!

- É tão simples, Hermione! Como você não entendeu ainda?

- Mione, conselho de amigo: Case-se com o Krum, tenham filhos suficientes para um time de quadribol, e sejam felizes!

- Ora, Draco, por que tanto rancor? Quer dizer, podemos ser amigos…


Hermione

- Deixem de ser frescos e vamos atrás do Voldemort!

- Rony, quer cola?

- Que FALE que nada, elfos são escravos e ponto final .

- Er… Não sei qual é a resposta…

- Ah, Rony, me ajuda com a tarefa de casa… Por favor… Só mais essa vez…

- Olha Gina o que eu comprei pra você: é um diário, ele te dá conselhos e responde a tudo que você pergunta. Não é legal?

- Joga esse livro fora, ler não vai te levar a lugar nenhum!
-
Biblio-o-quê? Nunca ouvi falar...

- Estudar é para os fracos!

Draco

- Harry, você sabe que eu te adoro e te considero o meu melhor amigo.

- Adoro trouxas.

- Adoro pobres.

- Sangue-ruim é um xingamento muito forte! Não chamaria ninguém assim!

- Hagrid é o meu professor preferido.

- Não agüento mais esse Snape puxando o meu saco...

- Oi Harry, Rony, Mione, o que posso fazer para ajudá-los?

- Tá, o meu cabelo é oxigenado e eu uso lentes coloridas, quê que vocês têm a ver com isso?


Lupin


*Olhando para a Lua, dançando e cantando* - Ô vira, vira, vira, vira homem vira, vira! Vira, vira lobisomem, vira, vira...


Sirius


- Que negócio é esse, Tiago? O Remo é um lobisomem, o Pedro vira um rato, e você vira um VEADO!? E não me venha com essa história de “cervo”!

- E aí pessoal? Voltei do véu negro! Como vão as coisas por aqui? O Potter já morreu? Não? Ah, não acredito… Que droga… Vou ter que continuar aturando aquele moleque chato…

*Em forma de cão, correndo atrás de um gato, que vira uma mulher que sai correndo* - Desculpa, McGonagall! Eu não sabia que era você… hehehe…


Dumbledore

- Não enche, Harry.

- Olha, garoto, desisto. O Lord das Trevas pode levar você.

*Alguém bate na porta do escritório* - Tomara que não seja o Potter de novo…

- Alô? É do Condado? O Gandalf tá aí? Tá eu espero… *Toca uma musiquinha de elevador* Gandalf? Sou eu, Dumbledore. É, o do Harry Potter… Eu queria saber se tinha como você ficar no meu lugar por uns tempos… Eu tinha pensado no Mestre dos Magos, mas ele é muito pequenininho… E todos sabem que ele demorou uma eternidade para conseguir levar aqueles meninos pra casa… É que eu queria tirar umas férias… Você entende, né? Essa vida de mago sábio a quem todos recorrem quando a coisa tá preta é dura… Cansa.

- Não fale esse nome! Nunca se sabe quando Você-Sabe-Quem está por perto... *treme de medo*

- Harry, estou vivo! *faz dancinha da vitória*


Snape

- Harry, você é o meu melhor aluno!

- Sim, Hermione?

- Draco, detenção!

- Estou pensando em parar de usar preto… É tão triste… Talvez rosa… *bota a mão na cintura e se olha no espelho* É… Com certeza rosa fica mais fashion…

- Potter, decida-se, você vai querer que eu te adote ou não? Por que se você não quiser eu vou tentar a tutela do Longbottom. Aquela avó dele acaba com a vida do menino...

*Entra na sala aos pulinhos* - Bom dia turma! Como vocês estão? Passaram um bom final de semana? Espero que sim.


Voldemort

- Harry? Vem cá com o papai, filhão!

- Hoje eu ganhei o Nobel da Paz...

- Harry, vou te contar toda a verdade, eu amava a sua mãe, mas a desgraçada casou com o corno do seu pai e teve você, é por isso que eu quero te matar.

- Vou seguir a minha verdadeira vocação… Pediatria!

- É consegui… Matei Harry Potter, exterminei os trouxas e dominei o mundo… Não tenho mais objetivos na vida… Vou me suicidar.

- Tá, eu sou gay, e daí? *põe a mão na cintura* Meus Comensais me chamam de Voldie, e daí? Cuidem das suas vidinhas medíocres!

*Tira um papelzinho que estava colado nas suas costas, escrito “homem-que-deixou-o-menino-sobreiver”* - Ai, droga, essas brincadeiras já tão enchendo o meu saco…

-Não esquenta a cabeça, errar é humano, deixa pra próxima.

- Meu nome é Voldemort, mas pode me chamar de Voldie *sorrindo e apertando a mão da Hermione*



DIÁLOGOS QUE NUNCA IRÍAMOS OUVIR


*O dia em que Voldemort tentou matar o Harry bebê*
Lílian: Ah, mata ele logo!
Voldemort: Não consigo… Olha esses olhinhos verdes… são tão bonitinhos! E essas bochechas rosadas… Dá vontade de apertar!

*Voldemort prestes a matar o Harry adolescente*
Voldemort: Chegou a hora da sua morte Potter!! (Dá uma gargalhada macabra)
Harry: E se eu te disser que tem um treco verde bem aí no seu dente?
*Voldemort vira de costas e tenta freneticamente limpar o dente com o dedo*
Voldemort: Saiu? Potter? Ué, cadê ele? Droga! Fugiu de novo!

Snape: Ah, Harry por favor! Eu tô implorando! Você quer que eu me ajoelhe? Eu me ajoelho! *ajoelha no chão e começa a seguir o Harry ajoelhado*
Harry: *impaciente* Não, Snape, não adianta, eu não vou te ensinar a ser um herói infanto-juvenil!
Voldemort: Harry, eu tenho uma revelação para te fazer, *toca uma musiquinha de expectativa* EU sou seu verdadeiro pai…
Harry: *emocionado, com os olhos cheios d’água* Sério?
Voldemort: Aaaaaaa....... Não.

*Harry correndo pelo cenário do cemitério do filme 4*
Harry: *Com a varinha apontada para frente* Eu vou acabar com você Voldemort, vou vingar a todos que você matou! Não fuja de mim!
Snape: *Passa pelo cenário calmamente com uma toalha na cabeça, tomando uma caneca de café e lendo um script. Olha pro Harry e solta muxoxo entediado* Ô PRODUÇÃO! Esse moleque tá pensando que o filme é de verdade DE NOVO!



Karla Kizem diz: adoro.
hehehehehe

Até a próxima, pessoal.

Fonte: http://forum.potterish.com/viewtopic.php?t=36250&start=0



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O DIA MAIS FELIZ DO ANO



A aventura de um grupo maluco de amigos no "dia mais feliz do ano".

Pois é.

Quem viu RdM e amou levanta a mão!

É meio que impossível achar esse filme ruim.

Mas, vamos começar pelo começo.

Bem no começo.

Era dia 19/11, 2 da madrugada, e eu tava variando. Sabia que devia acordar cedo na manhã, mas mesmo assim, também não conseguia dormir.

Afinal, aquele não era mais um 19 de Novembro. Era a estreia mundial de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1, o filme mais aguardado do ano.

E como eu tinha certeza de que eu não me lembraria muito bem disso na hora de acordar (há, sou uma pessoa impossível de manhã), tomei uma decisão.

E programei o meu celular, gargalhando feio louca.

07:00

O celular toca, com a mesma música infernal de sempre, mas é a única que me acorda. Eu, como uma boa criatura que está de férias, aperto no botão "Pelos cuecões folgados de Merlin, por favor me perturbe daqui a 5 minutos".

Mas eu sou diabólica.

Dito e feito. 5 minutos depois, outro alarme do celular toca. Mas não era a mesma música infernal de sempre. Era nada mais, nada menos que Hedwig's Theme. Sim, a música tema de Harry Potter.

E eu sorri. "CARACAS, NÃO ACREDITO QUE ESQUECI!!"

E como se não bastasse, tinha uma mensagem piscando na tela "ACORDA, CRIATURA! É HOOOOJE!!!".

Há, a eu-da-madrugada é mesmo muito esperta.

Saí correndo pro chuveiro, feliz, pela primeira vez o ano inteiro, porque eu acordei cedo.


***

Lá estava eu, no salão, com pessoas puxando o meu cabelo, pensando 'AAAA, o que eu não faço pelo Harry".

Lá estava eu, no shopping, de manhã, pensando "O que eu tô fazendo aqui, mesmo?"

Enquanto isso, o mundo lá fora se rebelava. Minhas amigas me procuravam, ligavam pro meu celular, ninguém sabia onde eu tava...

Calma. Eu não sou uma pessoa tão requisitada assim.

É que elas iam pro shopping comigo, nós iríamos almoçar lá, e ficar esperando na fila.

Mas, ninguém me achava.

Voltei para casa e fui terminar de me arrumar, e ouvia o telefone tocando insistentemente. Deixei Jesus atender.

Literalmente, porque a moça que trabalha na minha casa se chama Jesus.

Numa dessas chamadas, era a minha amiga Jacqueline, que já estava lá embaixo do prédio, pedindo permissão pra subir.

Numa OUTRA chamada, era a Flávia, outra amiga, que tinha esperado na frente do prédio por muito tempo, eu não atendia, e foi pra casa da mãe, que era perto.

Ela se preocupou porque Jesus atendeu e disse "Ah, ela foi pro shopping com a mãe e não volta mais hoje".

Odeio Jesus.

Mas, ok, ok, tudo bem. A casa da mãe dela era perto mesmo, dava pra buscar a Flávia sem perder o caminho.

E, fomos.

No Millennium Shopping, almoçamos ao 12:30. E fomos para a livraria, porque a sessão só começava ás (droga, minha crase não funciona) 16:10.

Vimos uma revista com o Wagner Moura na capa, e dissemos "OLHA O CAPITÃO NASCIMENTO".

Nisso, a atendente passa por nós e fala "MAS QUE HOMEM FEIO".

Sim? Alguém perguntou? Além do mais, ela precisa de óculos. Mas tudo bem.

Vimos uma revista com o Daniel Radcliffe na capa, e dissemos "OLHA O HARRY POTTER", e ignorando os coros da mulher de "MAS QUE GAROTO FEIO", eu lembrei "Cara, é uma pena que tenha o álbum novo em nenhum lugar...".

E a mulher se provou útil.

"COOOMO ASSIM QUE NÃO TEM O ÁLBUM?? OLHA ELE ALI!".

E lá estava ele. Ou melhor, 3 dele.

Um pra mim, outro pra Jac, outro pra Flávia.

E assim que os álbuns acabaram na loja.

HÁ. Eram NOSSOS.

Momento loucura passado, nos dirigimos (Flávia, Jac, Lígia e eu) para a fila. A fila.

Já estávamos esperando a gritaria, o cinema entupido, pessoas vestidas de Harry Potter, qualquer coisa, quando:

"COMO ASSIM QUE NÃO TEM NINGUÉM? É HARRY POTTER!"

AFF.

Ok, ok. Iria lotar. Depois. Era cedo, ainda..

Na nossa fila, só tinha um grupo de pessoas muito estranhas, com cara de emo, lendo Mangá.

E ficamos atrás deles, felizes.

Muita gente começou a chegar para a sessão antes da nossa, e o lugar já estava começando a ficar animado.

Mas, aquela coisa... Nós queríamos sentar.

E eu "Por que não?"

Pronto.

Lá estávamos nós, sentadas no chão do cinema, esperando na fila, colando figurinha do álbum, serelepes.

E todo o cinema resolveu se sentar também.

15:20


O tempo não queria passar. COMO ASSIM QUE AINDA ERAM 15 HORAS?

Mais amigos tinham chegado: Gustavo, Kellen, João Paulo e Hilton.

O engraçado é que nem era pra ir tudo isso de gente.

Nós nos dávamos bem com todo mundo, menos com uma pessoa. Uma pessoa que se auto-convidou, e que podia estragar tudo. Vamos intitulá-la Fulano, porque esse é um blog de bem.

Pois muito bem. O Fulano é um projeto de galeroso irritante pra caramba, esnobe, arrogante e metido, mas que na verdade, não é nada. Nada útil. Só pensa que é.

Mas, todos tínhamos esperanças que ele não viesse. Porque tava todo mundo tão feliz...

Enquanto isso, fizemos vários amigos de fila, e encontramos um pessoal muito legal vestido com o uniforme de Hogwarts.

Um como Harry Potter, outro como Draco Malfoy, outro como Comensal da Morte, e outro sonserino de gênero discutível. Até agora não sabemos se era homem ou mulher. Tirem suas próprias conclusões.


Além do mais, tiramos fotos com os cartazes. Porque nós somos pessoas felizes. Já disse isso hoje? Pois é.


Tiramos fotos com querido Prof. Snape e com adorável Capitão Nascimento. Hehe, nossos ídolos.


15:50

Depois de ter gravado um hit "super amigável" pro Fulano e ter mandado pra ele por celular, estávamos meio entediados.

O cinema não estava lotado.

POXA, ERA HARRY POTTER!

Estava conversando com o colega que havia acabado de chegar, o Pedro, quando a Lígia vira pra mim e diz "O Fulano chegou".

Nem liguei.

Afinal, devia ser 2937 vez que ela dizia isso naquele dia, só pra zoar. Mas quando todo mundo começou a ficar meio apreensivo, eu resolvi me virar.

E não é que era ele mesmo?

Blusa gigantesca, bermuda, baixinho, cabelo enjoado de Justin Bieber, fone de ouvido e todo marrento... É, diga adeus aos seus planos felizes, Karla Kizem.

E sem dar "oi", sem cumprimentar, o Fulano acabou nos separando em dois grupos. O grupo que conseguia falar com ele, e o grupo que não suportava a presença dele.

Pelas calças de Merlin, mas que coisa!

16:00


A FILA ANDOU! A FILA ANDOU!

Sim, a moça já estava liberando a entrada para a sala 01.

E nessa hora, o idiota do Fulano fala: "Segura as pontas aí que eu vou comprar a minha pipoca".

Que "seguras as pontas aí" o quê! Em vez do criaturo ter comprado a pipoca 10 minutos antes, como toda pessoa sensata naquele cinema, resolveu comprar quando a fila já estava andando, e que estávamos no COMEÇO dela.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Dentro da sala, a alegria era contagiante.

Não estava lotado, as pessoas eram civilizadas, e ninguém batia atrás da sua poltrona ou gritava. Bem diferente da estreia de Lua Nova, quase um ano antes (20/11/2009).

Ufa.

16:10

As luzes apagaram.

O povo perdeu a voz.

O show ia começar.

Harry Potter e as Relíquias da Morte é, de longe, o melhor filme da saga. E apóio quem já disse "o filme foi feito pros fãs". Porque foi. E isso não é uma coisa ruim.

A Geração Harry Potter acompanha os filmes e livros desde 2000, e RdM 1 foi meio que uma homenagem a elas.

Com muitos flashes e comentários relativos aos filmes anteriores e aos livros, ninguém na sala parecia ficar confuso.

Afinal, eram os fãs de verdade e que estavam lá.

Os efeitos visuais eram de tirar o fôlego, e a Batalha dos 7 Potter foi, no geral, até mesmo melhor que o original de J.K. Rowling, com toda aquela perseguição nas ruas de Londres.

Pena que nem deram atenção a (olha a crase) morte da coruja Edwiges. Sério, aquela descida dela em espiral está até agora na minha cabeça.

E vejam só:

Foi um filme MUITO engraçado. Hilário. Mesmo.

As tiradas eram geniais, e as piadas visuais eram cômicas, dando destaque as (crase, crase) caras e bocas de Rupert Grint, como Rony Weasley.

Destaque também para a atuação de Emma Watson, que se superou, e interpretou uma perfeita Hermione Granger crescida.

Sem querer tirar os créditos também de Daniel Radcliffe, que arrancou gargalhadas de todos com suas 7 atuações como os 7 Potter. Hilário, hilário!


Além disso, toda sessão é única. Sério, nunca vai ser igual. As pessoas vão ser diferentes, sempre vai ter aquele momento que alguém grita alguma coisa muito engraçada, e que todo mundo ri.

Por exemplo, na sessão de uma amiga minha em Goiânia, na hora que o Harry estava entrando no casamento do Gui e da Fleur e ele pegava o pomo de ouro que estava voando ao lado dele, algúem gritou "O JOGO ACABOU! GRIFINÓRIA VENCEU!"

O cinema explodiu em gargalhadas.

Na nossa sessão, foi a mesma coisa. Na hora que a Batilda Bagshot aparecia, alguém gritou "LINDA! SEDUÇÃO!" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Caramba, mas, cá pra nós, aquela Batilda era mesmo assustadora. Que eu nunca cruze com aquela mulher na rua!

Ou então, os comentários de duplo sentido que ocorreram na sessão legendada. Quando a corça brilhante apareceu, o povo "OLHA O EDWARD! OLHA O EDWARD! AH, NÃO, SE FOSSE O EDWARD, SERIA UM VEADO!". KKKKKKKKKKKKKK

E na sessão legendada, então?

-Foi você que conjurou aquela corça, Harry?
-Que nada, meu patrono é um veado.

KKKKKKKKKKKKKKKKKK Sem comentários.




Agora, piadas a parte, o filme também teve parte muito lindas. A minha cena preferida foi a dança do Harry e da Hermione, que não estava no livro.

Sem coreografia certa, sem ser ótimos dançarimos, sem lembrar que estavam numa guerra, que estavam sozinhos, aparentamente abandonados... Eles simplesmente, dançaram.

Agora, uma coisa que a Warner deveria ter feito era deixar claro nesse filme que o Harry ama a Hermione como irmã, e vice-versa. Que chato ficarem brincando com o espectador assim, poxa, ela não é a Bella. Ela é apaixonada pelo Rony, e pelo Rony.

Maaaaas, fazer o quê, né?

Uma coisa não dá pra negar: Harry Potter as Relíquias da Morte Parte 1 foi o filme do Dobby - o elfo doméstico livre que virou divo.

Não sei se foi o spa que ele ficou esse tempo todo, a voz fofa a ou musiquinha perfeita que colocavam toda vez que ele aparecia, só sei que o cinema explodia em palmas ou em coro de "owwnnn" toda vez que ele falava.

E a frase do ano "Dobby não queria matar ninguém, Dobby só queria causar ferimentos graves" (ou qualquer coisa do tipo) fez todo mundo não conseguir parar de rir por 1 minuto.

É, Dobby. Todos nós choramos a sua perda, é sério, você fará falta.

Sério.

J.K. Rowling está num dia ruim. O que ela faz?

( ) Chora
( ) Come chocolate
( X) Mata Edwiges, Olho-Tonto, a orelha do Jorge e o Dobby.

Pois é. Vamos ensinar a tia Jo a canalizar as suas emoções, hehe.

Conclusão:

ACCIO JULHO!!! - porque eu não consigo mais esperar pra assistir a segunda parte do final da saga de Harry Potter.

E... droga. É o final, mesmo.

Mas prefiro não pensar nisso. Não até lá.

É, melhor assim.

Enquanto isso, é só assistir o filme de novo. E de novo. E de novo. Vááárias vezes.

Parece bom pra mim.

***

Ana Karla Kizem pretende assistir RdM 7 vezes nos cinemas. Número sugestivo, não?



sábado, 13 de novembro de 2010

ISABELLA HOLMES E A VOLTA DAS QUE NÃO FORAM


Estamos em Outubro. Outubro.
Sabe o que se faz em Outubro?
Você começa uma vida nova.
Aí vem você e pergunta: - Mas isso não é em Janeiro?
E eu respondo: - A história é minha, eu escrevo o que eu quiser.
E pra provar isso, aqui vem o título, pois agora que tudo vai começar...

ISABELLA HOLMES E A VOLTA DAS QUE NÃO FORAM


***********************************


Nota: O nome da personagem foi mudado para ser postado no site Twilight Brasil. Entrem e comentem!
Tchauzinho, pessoal, e até a próxima, com ISABELLA HOLMES E O ESPECIAL DE NATAL!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

KARLA HOLMES E O MISTÉRIO DA POMBINHA BRANCA

11/09/2010

16:51

Uma grande tempestade inundou a minha cidade, levando meias de varais, pessoas muito magras e também a minha eletricidade.

Que maravilha.

Não, isso não foi irônico. Eu adoro chuva.

Mas não quando ela acaba com as minhas atividades de lazer e com qualquer comunicação com a minha nave-mãe: o tópico de A Infiltrada.

Ok, agora eu sei que foi irônico.

Ou não, né? Eu não falei isso, eu escrevi isso.

De qualquer forma, resumindo, basicamente... Bom, eu estou entediada.

Minha última missão, embora muito bem intencionada, não deu muito certo.

Mas...

Me deu alguns créditos. Importância. Respeito profundo. Falta pouco pra eu virar real merecedora do termo “filha de um pai”.

Ok, nada disso.

As pessoas ainda me ignoram na rua, e riem quando eu falo que gosto de manteiga de amendoim com geléia, principalmente porque eu não gosto de manteiga de amendoim, muito menos com
geléia.

Minha vidinha medíocre continua a mesma.

Onde está a aventura? Os dragões, as princesas indefesas? Onde está a EMOÇÃO? Onde estão meus fãs?

Afinal, tive um grande papel na busca da alegria geral da nação.

Pensei que as pessoas viriam em milhares para a porta da minha humilde casinha clamando por ajuda. Desde ir catar bichanos de cima de árvores até proteger o presidente da Ucrânia em uma missão homicida. Tô aceitando qualquer coisa.

Por que ninguém vem?

Por que ninguém mais liga para lições de moral, pães super gatos e finais felizes?

Eu não entendo.

Além do mais, sinto muita falta do meu elementar amigo Watson, que nunca, NUNCA, será somente um pedaço de pão para mim. Mas com certeza ele está sendo muito bem cuidado pelo mendigo-velhinho-gente-boa que eu achei na rua.

E, pra completar tudo isso, hoje é dia 11 de Setembro, e eu sempre choro no 11 de Setembro. Não importa se já é cedo ou tarde. Uma hora eu sempre acabo chorando. Precisa comentar mais algo?

Cara, como eu queria ser alguém.

Aí vem você e diz: Mas você já é alguém.

Só que eu quero ser alguém, e não alguém, sacas?

E você: Não.

Então, eu dou um tapa na sua cara e vou embor...

...

...

...

...

...

...

...

Desculpe. Este papo estava tão entediante que eu cochilei um pouco.

E foi a coisa mais útil que eu fiz nessa semana.

Ah, falando em coisas, a tia da irmã da sobrinha da prima da cozinheira da casa da minha dentista comprou um...

TOC TOC


O que foi isso?

TOC TOC


Ah, a porta.

...

TOC TOC


Droga, esqueci de ir atender.

Espero que não sejam aquelas escoteiras chatas de novo com aquele biscoito engasga-gato de novo. Isso mesmo, vaga-lumes, estou falando de vocês.

Abri a porta despreocupadamente, quando um ser invade a minha casa, completamente
desesperado.

- Você é Karla Holmes? – ele perguntou, ofegante.

-Depende. Você é cobrador?

-Não.

-Então, sou Karla Holmes, a sua disposição.

-Ouvi falar do trabalho, foi-me muito bem indicada. Enfim, preciso da sua ajuda. Vidas
dependem disso.

Opa. Gostei disso.

-O que é, senhor? É questão de vida ou morte? O presidente está envolvido?

-Sim, é questão de vida ou morte. E não, o presidente não está envolvido. O caso é que, minha pombinha, tão saudável, tão magnífica, parece estar muito chateada com algo. Já tentei de tudo, mas ela não melhora. Penso que talvez ela esteja doente. E isso deixa meu coração tão triste...

Arregalei os olhos. ESSA ERA A QUESTÃO DE VIDA OU MORTE? UMA POMBA FRESCA? Eu estou sendo muito subestimada. Onde já se viu...

-Por que o senhor não procurou um veterinário? Sabe, veterinários cuidam de animais como a
sua pombinha, não sei se o senhor sabe...

-NUNCA!

Estremeci com o grito dele. Tá, tudo bem, se é pra cuidar da pombinha, eu cuido.

-Ok. Aceito sua proposta. Mas, o que eu tenho que fazer, exatamente?

-Acompanhe-me.

Táááá, se vamos ser misteriosos, tudo bem. Eu NÃO me importo, viu?

Agora, como eu vou fazer pra ajudar o maluco de pedra e a sua pomba, eu não sei, mas...

-WOW!

Deixei um grito de surpresa escapar.

O cara podia ser um maluco, mas esse maluco tinha uma FERRARI!

Mas como que chegamos aqui tão rápido?

Noffa, eu preciso controlar meus pensamentos. Eles me deixam completamente avoada. Nem vi que já tínhamos chegado na rua. Vai que um dia minha casinha tá pegando fogo e eu nem
percebo...

-Vamos?

Pensei um pouco. Um cara maluco e desconhecido, que chega na minha casa do nada, e que tem
uma pomba que precisa da minha atenção, está me convidando para entrar na sua Ferrari. Nada estranho.

Mas, ainda sim, faltava algo. Sentia isso.

Olhei para a padaria que ficava estrategicamente localizada do lado oposto da rua.

AHÁ! JÁ SEI!

- Claro – respondi – Mas preciso fazer uma coisa antes. É rápido, não se preocupe.


***


Voltei da padaria com um Croissant. E não, não iria comê-lo.

E isso mesmo, você adivinhou. É o Watson.

Como o último Watson foi uma Baguete, resolvi não ficar repetindo as coisas.

Meu elementar e necessário amigo Watson, dessa vez, é um Croissant.

Guardei-o na bolsa pra dar sorte.

-Agoooora, podemos ir.

Subimos na Ferrari sentia o vento bater nos meus cabelos enquanto ele acelerava até os 180
km/h.

Mentira.

Ele estava dirigindo mais devagar que uma lesma. Olhei no velocímetro: 10 km/h.

Até as tartarugas que passavam pela rua pareciam zombar da gente.

Espera, tartarugas na rua?

Perdi a linha do raciocínio quando ele me interrompeu:

-Chegamos.

Como assim, “Chegamos”?

Entramos no carro faz menos de um minuto.

Foi aí que eu percebi que estávamos em um lugar completamente diferente.

Por “completamente diferente”, entenda: na frente de uma mansão gigantesca e imponente, debaixo de outra tempestade vinda de não sei onde.

ÓTIMO. Minhas meias novas estão molhadas.

Ele saiu do carro apressadamente em direção a mansão.

Incrivelmente, ele conseguia ser um homem super sensível enquanto falava de sua pombinha, e
depois rude como um humano primitivo.

Nem abriu a porta pra mim...

Como não tive escolha, saí correndo em direção a mansão também. Eu que não ia ficar que nem um dois de paus parada nessa chuva com cara de tacho.

Conforme adentrávamos a sala principal, pude perceber a excêntrica decoração. Móveis antigos, empoeirados e quadros. Muitos quadros. Todos pareciam nos seguir com olhar. Assustador.

Em um canto da sala, estava uma gaiola dourada, e dentro dela, havia uma linda pomba branca, apoiada em um pequeno suporte. Ela realmente parecia muito abatida.

-Eu não sei mais o que fazer – ele choramingou, desviando minha atenção da pomba – Ela não quer mais comer, não quer mais se mexer, não quer mais fazer nada! E é tão pequena...
Praticamente recém-saída do ovo...

-Senhor – eu demorei um pouco para continuar – Eu realmente não entendo nada de animais. Mas prometo fazer tudo que estiver ao meu alcance para que a sua pombinha...

-Lizzie – ele me interrompeu.

-Certo. Para que Lizzie fique boa novamente.

-Muito obrigado.

Analisei mais uma vez a... Lizzie. Parecia que ela tinha tudo lá, comida, água, brinquedo para aves e... um cata-vento. Suas penas estavam perfeitamente brancas e macias, ou seja, fortes e saudáveis. Por que, Lizzie? Por que você está assim?

-Ela ainda consegue voar?

-Como assim? – ele perguntou, confuso.

- Voar, você sabe. Bater as asinhas e sair do chão – imitei um passarinho voando.

-Minha Lizzie não voa.

-Como assim? – agora fui eu que perguntei.

-O mundo é perigoso demais. Ela pode se machucar. É muito melhor que ela fique exatamente onde está, para evitar problemas.

-Mas ela é um pássaro! Pássaros precisam voar! É da natureza deles! Pra quê privá-los da coisa que mais lhe dão satisfação? Da coisa que define o que eles são? Dê-me ao menos um argumento convincente, e eu me calarei.

Ele encarava o chão inexpressivamente. Estaria assim por dentro, também?

Por que tanta falta de emoção? Afinal, ele tinha tudo que um homem pode desejar. Pra quê tanta amargura? Tanta indiferença? Tanta proteção?

Continuei esperando e não movi meu olhar. O senhor na minha frente também não. Vendo que
não iria ceder, continuei:

-O que o senhor faria se lhe colocassem em uma caixa, para que nunca mais pudesse andar?

Como se sentiria? Como se sentiria sabendo que nunca sentiria a grama sob seus pés, a textura do asfalto, a água do oceano? Diga-me. Ou melhor, pergunte à Lizzie. Ela sabe muito bem como é.

-Você não entende nada – ele finalmente falou – É jovem demais. Não viveu o bastante, não conhece o mundo, não sabe nada sobre as dores da vida. Portanto, não ouse me julgar.

-E o que o senhor sabe tanto que eu não sei? Porque acredito que, jovem ou não, uma pessoa tem noções do certo e do errado, do que é bom e do que é ruim. Isso é ruim.

-Isso o quê?

-Tudo. Suas atitudes, seu jeito, suas ações. Está fazendo mal a si mesmo e também a um pobre ser vivo, que nada tem a ver com seus complicadíssimos problemas. Até imagino: “Oh, o meu iate afundou no Oceano Pacífico, terei que comprar outro para repor”.

-Você não sabe nada sobre mim, garota – ele rosnou – E respeito com os mais velhos.

Rolei os olhos.

-E o que eu preciso saber, então, para compreender o senhor?

Ele parou por um momento. Como se lembrasse de algo. Enfim, ele iria ceder. Voltou seus olhos azuis e cansados na minha direção.

-Você pensa que eu tenho tudo. Na verdade, eu não tenho nada. Perdi tudo que um dia já foi valioso para mim. Dinheiro, mansões, iates, tudo isso não compra o que eu mais almejo.

-E o que é? – perguntei, curiosa.

-Minha família de volta- houve uma pausa – Fui um crápula com todos que desejavam o meu
bem, e passei por cima de quem estivesse no meu caminho. Ganhei milhões, mas perdi minha esposa. E meus filhos. Agora é tarde demais.

-Nunca é tão tarde demais.

-É sim. Além do mais, eles não devem me querer de volta.

Fiquei muda.

Pela primeira vez durante todo o nosso encontro, ele sorriu. Um sorriso tímido, mais uma puxada do lábio superior direito, mas ainda assim, um sorriso.

-Eu tenho dois filhos. Já são adultos, agora. O mais velho tem uma menina da sua idade, pelo que ouvi falar. Minha esposa... Ela faleceu faz alguns anos. Não tive a oportunidade de me despedir... Ainda os amo muito. Sempre amei. Mas minha hora já passou. Eu tenho agora somente Lizzie para me fazer companhia.

-O senhor ama a Lizzie? Ama mesmo?

-É claro que sim.

-Então a deixe ir. Deixe-a viver. Acredito que o senhor não queira mais um como você, preso como você e, especialmente, por sua culpa – queria rir com a ironia da situação. Mas não o fiz.
Aquilo tudo era muito sério.

Ele considerou por um momento. Olhava de Lizzie para a janela, da janela para Lizzie, de mim
para o carpete. Durou uma eternidade.

-Lizzie – ele disse carinhosamente, tocando a sua pequena cabeça com a ponta dos dedos – É isso mesmo que você quer?

Eu podia jurar ter visto o pássaro acenar com a cabeça. Eu realmente estou enlouquecendo.

Então, ele abriu a gaiola.

Talvez não só a gaiola material, aquela dourada que estávamos vendo, mas talvez também a sua gaiola. A qual ele esteve preso por não sei quantos anos. E que iria libertar ambos.

Lizzie sacudiu todo o seu corpinho enquanto se encaminhava para a saída, ainda um pouco desconfiada. E então, parou.

-Vamos, Lizzie – encorajei-a – Se eu pudesse escolher um dia para voar, seria hoje. Veja o lindo céu...

Espera. Lindo céu? Mas não estava chovendo TORRENCIALMENTE há alguns minutos? E agora vem um lindo pôr-do-sol e um... arco-íris? Que tempo maluco...

Ela abriu as asas, talvez pela primeira vez em toda a sua breve vida, e começou a chacoalhá-las para cima e para baixo.

Logicamente, eu estava acompanhando TODOS os movimentos com meus braços. Se era pra fazer, que fosse bem feito.

Lizzie pegou impulso e...

Voou.


Com suas asas brancas, deu voltas por toda a sala, me deixando boquiaberta.

Não porque ela estava dando voltas pela sala, mas porque estava, literalmente, iluminando todo o lugar que passava.

Antes de dirigir-se a janela, deu um olhar significativo para o senhor ao meu lado, que sorria feito bobo. Se eu não conhecesse bem as aves, diria que ela estava agradecendo.

Mas animais não agradecem com o olhar. E não falam, que isso fique bem claro.

E então, ela partiu.

Voou para fora da sua grande prisão.

E eu senti algo.

Paz.


Não havia uma grande piada ou uma grande aventura.

Havia apenas duas grandes ironias: “a pombinha branca da paz” e “Droga, eu chorei no 11 de Setembro. De novo.

Mas havia também algo melhor.

Liberdade.


E é isso que me faz ter esperança.

E enquanto houver pessoas nesse mundo que puderem parar para apreciar um momento como este, sei que ela nunca irá desaparecer.

Silenciosamente, eu acompanhei o voo tranquilo da pequena pomba, sereno como um rio, até ela se confundir com o horizonte infinito. E além.



FIM – Ou será que não?




***


Acordo atordoada, gritando “VOE PARA A LUZ! A LUZ”.

AH, NÃO!

Sonho? De NOVO?

Sinceramente, isso já está ficando muito clichê.

Sério que não podia acabar a história assim? Final bonitinho, lição de moral, paisagem de filme e tal?

Se bem que eu realmente estava notando algumas coisas estranhas, e...

AH, NÃO! ESTOU SEM MEU AMIGO WATSON DE NOVO!

Mundo crueeeeel.

Por que eu NUNCA consigo ficar junto do meu amigo? Sempre tiram ele de mim...

Tenho trauma de comer pão, agora.

ÓTIMO.

Virei para o lado e voltei a dormir.



AGORA SIM


FIM

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

KARLA HOLMES E A BUSCA DA INSPIRAÇÃO

20/08/2010

20:45

Estou sentada na minha kitnet alugada, aqui no tópico (sim, eu ainda moro aqui), jogando uma bolinha para o alto e atingindo a minha cabeça em todas as tentativas (sim, eu não tenho mira).

A Nat acabou de passar e dar notícias, e as palavras ainda ecoam na minha cabeça:

“Resumindo: Não estou conseguindo tempo e qualidade para AI.”

“Não estou conseguindo”

“Não estou”

E o papel caiu de novo na minha cabeça. “PAF”, ele fez.

Esse PAF foi a última gota. Minha cabeça já estava roxa de tantas batidas. Eu desmaiei.

E então, eu estava em um lugar estranho. Desconhecido.

Totalmente estranho para mim.

Pessoas falando em uma língua estranha, carruagens, um palácio, um relógio grande, e panfletos dizendo “VIDA LONGA A RAINHA ELISABETH”.

Sério. Que raio de lugar é esse?

Até que eu vi uma grande placa, com letras garrafais: “VOCÊ ESTÁ EM LONDRES”.

Ah. Londres. Eu já sabia...

Mas peraí. Londres não tem carruagens. Tem carros e Roberts Pattinsons.

Até que eu vi outra placa debaixo daquela: “VOCÊ ESTÁ NO SÉCULO XIX”.

Ótimo. Aqui é tudo muito bem explicadinho, né?

Quem serei eu aqui nesta realidade?

Então eu vi um burrico puxando um grande carregamento de espelhos. O cocheiro gritava “ANDA, CRIATURA!”

E eu me vi. Roupas estranhas, uma bengala. Eu sou o bisavô do Dr. House?

E então olhei mais pra cima. Óculos que dizem “dane-se” e uma cartola.

Eu sou Sherlock Holmes.

Mas aí eu vi meus longos cabelos. Não, eu sou Karla Holmes.

Mas onde será que está meu caro Watson?

Não posso ser o Sherlock sem o Watson.

Bati o pé no chão. Por que eu fui sonhar pela metade?! Pipocas...

Andei pela cidade o mais dicreta possível. Sério, ninguém se importou comigo sapateando e gritando pela rua “COMO EU FAÇO PRA VOOOLTAR? CADÊ O WATSON? Ó MUNDO CRUEEEEL!!”

Povo legal.

Passei na frente de uma livraria. Lá tinham livros estranhos, de um tal de Shakespeare. Bufei. Quem se importa com esse cara?

A única autora mesmo que eu importo é a...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!

NATÁLIA!

“Resumindo: Não estou conseguindo tempo e qualidade para AI.”

NÃO! NÃO!

E eu me lembrei de tudo.

Será que não há nada que eu possa fazer? Será que eu posso ajudar?

Vi meu reflexo em uma poça no chão.

Eu sou Holmes. Karla Holmes. É claro que eu posso ajudar.

ESTÁ DECICIDO!

VOU ATRAVESSAR OCEANOS, DESERTOS ESCALDANTES, MONTANHAS CONGELADAS, IR ATÉ A JANELA MAIS ALTA, DA TORRE MAIS ALTA (cof cof, filme errado) E VOU ENCONTRAR O PARADEIRO DA (silêncio dramático de 3 segundos) INSPIRAÇÃO DA NAT!

*SOLTA A MUSIQUINHA DE AVENTURA*

E SEJA O QUE DEUS QUISER!

***

22/08/10

05:06

Ontem foi um dia muito complicado. Rodei a cidade inteira procurando pelo meu caro Watson.

O que eu não sabia era que Watson é um nome bastante comum em Londres.

Encontrei exatos 348 Watsons.

Padeiros, sapateiros, madeireiros, cocheiros e todas essas profissões medievais terminadas em “eiros”. Nenhum deles era o meu amigo, meu caro Watson.

Mas quando encontrei militares e padres chamados Watson, lembrei da minha missão.

E iria continuar do mesmo jeito, com ou sem Watson.

Decidi que seria “com Watson”. Então roubei um pão do Watson padeiro e o nomeei Watson.

Procurei uma pensão baratinha nos confins da cidade. Aí eu lembrei que o sonho era meu e que eu podia fazer o que bem entendesse, e então materializei 100 libras, um trenzinho e uma bolinha de gude.

Então, cá estou eu. Resolvi acordar cedo na pensão para poder pensar um pouco. Quando acordei, lembrei que posso pensar a qualquer hora do dia, mas eu já havia acordado, de qualquer forma.

Onde será que a inspiração da Nat havia se metido?

Seria uma busca bastante arriscada, eu poderia enfrentar coisas extremamente perigosas pelo caminho e havia chances de eu não voltar... inteira.

Mas tudo bem, é um sonho mesmo. Se eu morrer, eu acordo e fica tudo chuchu beleza.

Também, o que é que eu estava esperando?!

Uma estrada de tijolos amarelos com placas, e uma indicação com letras em néon dizendo “A INSPIRAÇÃO DA NAT ESTÁ AQUI”?

Nãããão. Eu gosto mesmo é de perigo.

Adrenalina nas veias. E nas artérias também.

Agora virou questão de honra.

Desci os 27 andares da pensão e me dirigi ao café da manhã. Não havia ninguém lá. Não ainda.

Porque eu soltei um berro e todo mundo resolveu aparecer.

Tá que ninguém achou isso muito legal, mas como eles já estavam acordados, resolveram ficar logo pro café da manhã.

Sentamos em uma mesa, eu e Watson.

Não gostei nada dos olhares que os mendigos estavam dando para o meu caro amigo. Mas até eu reconheço que o Watson era mesmo um pão. Muito gato.

A governanta apareceu com um café e biscoitos para mim e perguntou se eu desejava manteiga. Mas o que eu iria fazer com manteiga?

- Senhora, sou uma viajante em busca de aventuras. Já rodei pelo mundo inteiro solucionando mistérios e ganhei medalhas pela minha bravura e coragem.

-Sério? – ela disse.

- Não. Mas um dia eu serei filha de um pai assim.

- Perdão?

- Esqueça – eu respondi – Escute. Eu realmente estou em uma missão, e acabei de decidir que essa missão é secreta. De importância nacional.

- E o Kiko?

- Não, não, só eu e meu amigo Watson, mesmo.

Ela segurou a cabeça com as mãos, balançando negativamente.

- E eu com isso?

- Eu gostaria que a senhora preparasse alguns quitutes para mim. Não sei quanto tempo ficarei fora, e nem para onde irei.

-Só?

-Só.

-Então tá.

-E que colocasse todos eles em uma bolsa separados por cor, textura e gosto, junto com outras coisas que certamente precisarei, como uma lanterna (isso já foi inventado?), uma corda, uma bússola, uma identidade falsa, vários pares de meia, um cobertor, uma barraca e um cata-vento.

A mulher desmaiou.

É, eu acho que deveria ter ido por partes.

Mas acredito que ela consiga isso pra mim.

Tipo, vou até dar um tempo pra ela. Umas duas horas estão de bom tamanho.

Saí rodopiando pela cidade, tudo ainda estava calmo, sereno e cândido.

O sol nem tinha aparecido direito.

E então os sinos da igreja tocaram.

E... Tudo mudou.

Portas se escancararam, todas ao mesmo tempo, revelando pessoas apressadas, que corriam de um lado para o outro, sem realmente ir a algum lugar.

É, a rotina aqui começa cedo.

Mas eu não tinha tempo para isso. Precisava de um plano. Urgentemente.

Iria começar as buscas pelas cidades, interrogando o povo.

Bati a porta de um chalé estrategicamente localizado no meio de uma praça.

Sem resposta.

Bati mais forte.

Ainda sem resposta.

Gritei “VOU ARROMBAR”.

Nada.

Gritei “EU JÁ ESTOU PREPARADA. VOU ARROMBAR MESMO.”

Tomei distância, sem me preocupar com os olhares curiosos. E fui.

Já estava me preparando para o impacto, quando, miraculosamente, não senti nada.

Sempre soube que eu era um super-herói. Até atravessava paredes...

Por isso, nem me dei ao trabalho de parar.

PAF

Uia, achei a parede.

Sabe quando você começa a ver passarinhos rodando em cima da sua cabeça?

Pois é.

Abri os olhos e vi uma senhora me encarando.

- Eu não quero comprar vassouras mágicas – ela falou.

-Que ótimo, porque eu não vendo vassouras mágicas. A propósito, sou Karla Kizem Holmes. A sua disposição – fiz uma reverência.

-Que nome estranho...

-É o que todos me dizem. Mas gosto dele. É original. Sou a única no mundo. Você pode ir no Google e comprovar.

- Google?

-Deixa pra lá – fiz um sinal com as mãos – Sou uma aventureira. Sabe, em busca de aventuras.

-Sei – ela assentiu com a cabeça.

- Então, como estava dizendo, estou em uma busca. A busca de algo que não pode ser tocado, visto ou ouvido, mas é de suprema importância. E eu preciso encontrar. Vidas dependem disso.

-Você está procurando o Santo Graal? Porque, se for, ainda estão convocando alguns cavaleiros para a Távola Redon...

-NÃO, NÃO! Estou procurando a inspiração de alguém.

- E isso é possível?

-É sim, se você acreditar.

-Pare de baboseiras, garota. Você anda lendo muita abobrinha. NÃO é possível procurar pela inspiração de alguém! Diga-me, como saberá que encontrou? Ela irá pular na sua frente, erguer os bracinhos e dizer “VOCÊ ME ACHOU, TITIA. LEVE-ME PARA CASA.”?

- Simplesmente saberei.

-Você tem problemas.

-E você não tem imaginação.

Nos encaramos por um bom tempo. Havia algo familiar naquela mulher...

-Desculpe-me – ela interrompeu – Estou passando por tempos difíceis.

-Desculpe-me, também. Eu estou atrapalhando a senhora.

-Não, tudo bem. Pode perguntar o que quiser.

-Bom, eu iria perguntar se a inspiração dela passou por aqui, mas eu acho melhor ficar calada.

Ela revirou os olhos e bufou.

-A inspiração de quem?

-De uma autora que eu conheço. Ela é muito boa, a melhor autora adolescente que eu já vi. Sério mesmo. Mas está passando por uma crise de inspiração, e todas as suas leitoras estão desesperadas. Elas querem que ela continue a história.

Os olhos da marquesa brilharam.

-Uma autora? Conte-me mais.

- Então, eu embarquei nesta missão, e não irei parar até encontrar a inspiração dela, e levá-la ao tópico em segurança.

-Criança – ela fechou os olhos como se tentasse se controlar – Essa autora do qual fala, bom, creio que não seja possível ajudá-la.

-Por quê?

-A inspiração, uma vez perdida, demora bastante para voltar. Sabe, não é aquela coisa de “eu quero que você volte, agora”. Ela, simplesmente, vem. E você tem que aproveitá-la, pois é como uma estrela cadente: passa rápido. Deve agarrá-la na primeira tentativa, senão, talvez ela demore a passar novamente. E só você pode fazer isso.

- Justamente, eu estou tentando fazer isso.

- Não, não. Só você mesmo pode fazer, ou seja, ninguém pode fazer por você. É algo bem pessoal.

-Então, realmente não há nada que eu possa fazer? – eu estava decepcionada.

-Na verdade, há sim. Autoras gostam que seu trabalho seja reconhecido. Elogie-a, fale o quanto seu livro é importante, sobre como ele é influente na sua vida. Agora, diga-me, que livro é esse?

-Provavelmente a senhora não deve conhecer. E nós já estamos fazendo tudo isso.

-Então, agora, é só esperar. Só não se desespere. Quando menos esperar, virá.

Eu sorri.

-A senhora fala com tanta convicção... Como se conhecesse do assunto.

Ela encarou o nada por algum tempo. Resolvi deixar algum espaço para ela.

-É que, eu sou escritora. Mas, nesses tempos que estamos, uma escritora é uma ninguém. Uma desocupada, como os outros dizem. Já escrevi vários romances, e quase mudei esse conceito, mas...

-Mas?

-Mas eu tive uma crise de inspiração. Em uma parte importante de o que seria a minha obra mais importante. E eu já tinha tanto prestígio... As pessoas continuaram esperando, e nada veio. E eu desisti.

-Interessante. Isso é exatamente o que está acontecendo com a autora que eu falo. Mas ela não desistiu. O... livro, é importante demais para ela. E ela quer dar um final a ele, não importa quando seja isso. Sua obra não era de extrema importância pra você?

Ela voltou a olhar para mim.

-Era sim.

-Então, não desista. Ainda há tempo. Sempre há tempo para algo se o amamos do fundo do nosso coração.

Os olhos dela brilharam. É incrível o que umas frases clichês não fazem com uma pessoa...

Ela estendeu a mão para mim.

-Ainda não me apresentei devidamente. Sou Marquesa Nana, do condado de Yorkshire.

-Prazer, senhora – apertei sua mão em resposta. Eu nem sabia por que ela estava se apresentando agora. Talvez porque ela achasse importante apresentação. Que nem todo o povo dessa época. Ô, povo estranho. E legal. Ou então... Ah, sei lá. Quem se importa?

-Se me permite perguntar, sobre o que era a sua obra?

- Bom, era um tema bastante polêmico. Uma mulher independente, que se vestia de homem e se alistava no exército para lutar no lugar no pai. Mas lá, ela se apaixonava por alguém que não deveria. Ela se apaixonava pelo inimigo... Só que eles não podiam ficar juntos.

Provavelmente, meus olhinhos castanhos, nessa hora, estariam mais arregalados que criança vendo fogos de artifício no ano-novo. Eu conhecia uma história bem parecida...

De repente, um flash de inteligência passou pela minha cabeça. Esses flashes são bem raros.

-Seu nome é Natalie?

-É sim, por que a pergunta?

Eu caí para trás.

Será? Ou eu estava ficando doida?

Marquesa Nana, Natália Marques?

Nãããão. É muita babaquice...

Ou será que sim?

Quais eram as possibilidades da mulher na minha frente ser a tataravó da minha autora preferida?

Ó, dúvida cruel que me consome, por que existes?

-Você está bem?

Foi aí que eu percebi que REALMENTE tinha caído para trás, com as perninhas pra cima. A minha sorte é que eu usava calças.

Levantei em um salto.

- Você planejava deixar os dois juntos no final?

-Não. A história seria trágica. Um morreria salvando o outro.

-Por quê? As pessoas gostam de finais felizes. Sabe, todo mundo se sente melhor lendo uma coisa agradável, divertida. Faz bem pros nervos. Por que você não junta os dois? Talvez até você se sinta melhor escrevendo. Por favor, tente.

Ela suspirou.

- Sabe, isso pode até ser uma boa ideia.

-Acredite, é uma boa ideia. É o futuro.

-Como assim?

-Você verá. Ou melhor, seus descendentes verão. Ainda não li nenhum de seus livros, mas tenho certeza que és muito boa. Deve estar no sangue...

Ela estava com uma cara meio confusa. Nem me importei.

Olhei para a janela. Já devia ser meio-dia.

-Obrigada por tudo, minha senhora – eu disse – Mas preciso ir. Não irei continuar as buscas, já aprendi a minha lição, mas sei o que fazer. E acho que a senhora também. Esperarei por notícias suas. Por favor, não desista. E se não souber o que colocar no final, ponha um “e eles foram felizes para sempre”.

Ela fez outra cara de desentendida.

-A senhora não conhece essa expressão?

-Não.

Aí eu me lembrei. Estou no passado, a eletricidade ainda não existe. E provavelmente esta expressão também não. Mas já que eu estou aqui, vou deixar a minha contribuição...

- É muito boa. Tenho certeza que fará muito sucesso. Pode usar como ideia sua. Eu não me importo.

-Tudo bem.

Eu já estava me dirigindo à porta com a minha bengalinha, quando senti algo tocando meu braço.

-Ei, muito obrigada, também. Boa sorte em tudo que tentar fazer na sua vida. Adeus.

-Adeus.

E a porta se fechou.

Tudo parecia normal. As pessoas ainda corriam como loucas de um lado para o outro.

Suspirei. Era muita informação pra um dia só.

Voltei para pensão, e a governanta apareceu equilibrando uma bolsa pesada com os braços.

- Aqui, senhorita. Tudo que você pediu. Tive que rodar Londres inteira, mas consegui.

-Não precisarei mais. Pode jogar fora.

Ela me encarava incrédula.

Eu fui embora.

Subi para o meu quarto no 27º andar, com meu fiel companheiro Watson na bolsa.

Minha aventura já havia acabado.

Espero ter a oportunidade de enfrentar dragões roxos com listras cor-de-burro-quando-foge da próxima vez.

Afinal, o sonho é meu.

AH! É UM SONHO, POXA!

...

E agora? O que eu faço?

Talvez eu volte. Será que alguém sentiu minha falta?

Aliás, o que eu faço mesmo pra voltar?

AH, SIM! Vi em algum lugar que quando você morre do seu sonho, você acorda. Eu podia tentar morrer do jeito mais legal possível, e ainda acordaria! VEJA QUE MARAVILHA!

Decidi que iria morrer pulando de um penhasco. Parecia uma boa maneira para morrer.

Mas antes, precisava ter a garantia de que meu amigo Watson ficaria bem. Andei pelas ruas, e vi um senhor maltrapilho sentado no chão pedindo esmolas. Ele me disse que cuidaria muito bem dele. Como as pessoas aqui são meigas, né?

Não sei como, em um momento estava acenando para uma freira, e no outro parada na beira de um penhasco. Pelo menos assim eu economizava metade da viagem.

Não pensei duas vezes e pulei. Mas eu nunca cheguei a sentir a água cobrindo meu corpo.

-KARLAAAA – ouvi alguém gritar.

-O QUE É??? – gritei de volta.

Mas que droga, bela maneira de voltar de um sonho SUPER. Ninguém NUNCA me visita aqui no meu place, só o pessoal da Moderação quando aparece pra cobrar aluguel. JUSTO HOOOOJE RESOLVEM VIR?

- Eu saí correndo da academia, xinguei o motorista do ônibus e dei cotoco pra um cachorro na rua. Tudo pra ver se tem post hoje – minha amiga disse.

-Credo, pra quê tudo isso?

-Bom, agora que você falou... Não sei. Mas é costume. E eu estou desesperada.

-Cara, o que será, será. Eu sei que você está desesperada, eu estou desesperada, todos nós estamos desesperados. Sacas? Mas não deixe que isso atrapalhe a sua vida. Sério mesmo. Só faz mal pra todo mundo.

-De qualquer forma, quer ir lá dar uma conferida?

-Não, não. Hoje é terça. A Nat não posta hoje. Aula de inglês.

-Mas e se...

-Sem se. Posso lhe garantir que HOJE não tem.

-Tudo bem. Agora que você acabou com a única diversão da minha vida, o que iremos fazer?

-Olha pra esse lugar, criatura. É cheio de treco. ALGUMA COISA de legal deve ter.

Ela remexeu um baú colocado pelo pessoal da cenografia, que só pode ser aberto por uma chave em um cordão. Não, eu não sou viciada.

-Hey, achei o Monopoly. Eu sou o verde – ela disse.

-Eu sou o roxo.

-Não tem essa cor.

-MAS QUE DROGA! Táá, eu sou o verde.

-Mas eu já sou o verde.

-Escolhe outro.

-Tá bom... – ela se convenceu.

-Mas será que a gente pode dar só uma olhadinha? – o olho esquerdo dela tremeu.

-NÃO! Precisamos de uma vida social. Lembre-se disso. Estamos sendo pessoas normais. Era assim que as pessoas faziam no passado.

-Que papo de passado é esse, logo agora?

-Nada não... Olha, comprei a Barra da Tijuca.

FIM

E elas foram felizes para sempre... Ou até o próximo post da Nat, o que já é o bastante.

Tááá, parei. Juro.