segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Willkommen in Bern!


Ou seja lá como se escreve isso em alemão.

Berna, Berna, ó minha querida Berna, a cidade de um dia só, a cidade onde deu problema com os trens, a cidade do frio absurdo, a cidade do Carlinhos, quantas lembranças boas tenho de você.

Desde o trem, com os franceses revolucionários ao meu lado, a russa bonitona do outro, a espanhola e o suíço indo visitar a família - pessoas que marcaram a viagem sem perceber.


Berna, você é tão pequena. Ficamos com medo de ficar só por um dia e meio, mas deu pra conhecer tudo e ainda ficar entediado. As fontes por toda a cidade, a água gelaaaaada, os elétricos, a falta de carros, a calma de cidade pacata europeia. E os ursos. Os ursos de Berna, os ursos que deram nome à cidade - todos hibernando.

Ninguém merece.

O alemão, esse sim foi o problema. Papai arranhando algumas coisas, como sempre, e eu lá, just standing there. Existem três línguas oficiais na Suíça, dependendo da cidade que você está visitando: alemão, francês ou italiano. Passar por essas três línguas num dia só não é tarefa fácil.



Especialmente em Lausanne, quando a vovó simpática resolve falar com você em francês e pouco se lixar pro fato de você não estar entendendo e ainda estar repetindo "Je ne comprend pas. Je ne parle pas français". Gente fina.

E ainda conseguimos neve! Nevou, nevou, nevou em Berna. No começo estávamos preocupados, pois ninguém parecia estar realmente trajado para enfrentar esse tipo de frio, mas vejam só que coisa legal - em Berna não venta. Ou pelo menos, não ventou.


A capital suíça recebeu nota 11 quanto a paisagem, dando destaque ao Rio Aar, o favorito do meu irmão. Vamos lá, divirtam-se tentando falar isso com sotaque alemão. Tiramos algumas fotos que dariam uns belos cartões-postais. E um vídeo lindo que postarei outro dia. Berna, Berna, Berna.

O que mais falar sobre você?

Nada, ou então, eu estrago.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Benvenuti a Milano



"Prossima fermata - Milano Cadorna".

Imagina só. Você visitando um país pela primeira vez, o aeroporto também é estação de trem, e a cidade está bem distante. O preço do táxi é uma loucura, mais a taxa das malas, e você tem quatro. O jeito é ir de trem. Mas para onde ir? Para casa, é claro. Mas onde fica "casa"? Onde está Milão? Cadê o nosso hotel?

Meu pai desenterrou das profundezas seu italiano e conseguiu tickets para Milano Cadorna. Ninguém sabia o que significava "Cadorna", mas se tinha "Milano", então só podia ser coisa boa.

Embarcamos no trem, eu, meu pai e irmão. Guardamos as malas e esperamos pelos próximos passageiros. Ninguém apareceu. Ok, tudo bem. Melhor assim, né? Só nós três no trem inteiro, podíamos até dançar o Kuduro sem incomodar ninguém, seria muito divertido.

Duomo
Prossima fermata: Milano Cadorna.

Mas nós já estávamos meio incomodados. Milão não se mostrava tão bela assim. Tudo seco e muito frio. O ponto mais frio da viagem até o momento, e nenhum sinal da cidade, mesmo após meia hora de viagem. Os trilhos e estações estão pichados, e você começa a se indagar se desembarcou na cidade certa. "Isso aqui devia ser a Itália. A ITÁLIA". Começa a nevar. Todos se preocupando com a falta de agasalhos e quantidade de malas grandes e pesadas, sem contar as mochilas. Para onde estávamos indo?

Prossima fermata: Milano Cadorna.
Tudo bem, senhora, eu já entendi nas primeiras vezes. Esse é o nosso único destino. Pare de repetir, sua voz é irritante. Ou melhor, fale para o condutor ir mais rápido. Eu ainda não tomei café hoje, e já são meio-dia.

Chegamos. Chegamos? Chegamos no nada. Descemos elevadores, escadas rolantes, achamos a estação de metrô. Depois de muito esforço, descobrimos onde ficava o hotel. E andamos de metrô pela cidade inteira com nossas malas, sem dar nenhuma pinta de turista, é claro. E as malas rolavam de um lado pro outro, atingindo cidadãos aleatórios, foi uma loucura...


Milão. A capital da moda, dos negócios italianos. Sim, sim, é realmente tudo isso. Menos uma cidade turística. Não me entendam mal, a parte turística é um plus, mas eu não aconselharia passar mais de 3 dias sem compromisso por lá. Ela é feita para italianos. Ou melhor, para os milaneses. Só eles conseguem andar pelas ruelas, achando assim os melhores restaurantes sem se perder no meio da tarefa. 

Mas, como eu disse, afinal, é Itália. A comida, os italianos (hmmm...), a língua, tudo isso está lá. A pizza tamanho individual, o horror quando se pede um sabor doce (dividir em dois sabores, então), a massa, a massa, a pasta, doce, macarrão... ai. E a língua. O italiano, se não for a língua mais bonita do mundo, está bem perto disso. Cada palavra, uma trufa. E de repente você se vê dando "buongiorno" com mais vontade que o habitual. 

Os parques, jardins, esses sim, mostram o melhor lado da cidade, o lado que você só pode desfrutar... andando. Nem pense em usar outro meio de locomoção, você vai perder tudo. COF COF que já não é muito COF COF.

Pizza tamanho individual, cada um come a sua.
Não sabia até chegar lá que a Itália também tem seu Arco do Triunfo, se não me engano é chamado de Arco da Paz. Por um momento, pensei que tinha andado tanto que havia chegado na França. Existe também o Duomo, a praça central, com uma das catedrais mais espetaculares que já vi. Daquelas que você coloca a mão na pedra gelada e sente as vibrações de um passado muito, muito antigo. Ok,  quase. E o Castelo Sforzesco, cheio de exposições - e que dá acesso a uma área verde em que você pode parar simplesmente para ficar admirando a vista, que realmente é de tirar o fôlego. É como estar em um "daqueles filmes", que você nunca sabe qual é, mas sempre quis estar lá. 


Milão foi bem tranquila, na verdade. Andávamos um pouco, comíamos muito, Carlinhos comprou uma mesa de ping-pong, eu protestei, tudo na maior calma, bem relaxante. Gostaria muito de visitar outras cidades italianas das próximas vezes. 

"Prossima fermata" seria Suíça, e para essa essa meu irmão mal podia esperar. Então dissemos "arrivederci" a Milão, e embarcamos no próximo trem. E que viesse o FRIO de verdade.



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Benvinguts a Barcelona


Sim, vocês leram certo. Benvinguts não é marca de Yogurt. Benvinguts, na verdade, poderia muito bem ser substituído por Bienvenidos, já que Barcelona fica na Espanha. Mas não seria certo. 

Não seria certo, pois em Barcelona não falam espanhol - falam catalão. É uma coisa muito legal de se descobrir minutos antes de embarcar. "Quer dizer que eles falam uma língua que eu não conheço? Pô, muito show, legal, maneiro, bem fácil, então".

Não se assustem com o catalão como eu. Na verdade, é bem mais parecido com o espanhol do que se imagina. Exceto por uma mania absurda de acrescentar "t" no final de praticamente toda palavra, como "oportunidad", que vira "oportunidat". Devem ter feito isso só pra ser do contra, vou te contar. Mas lendo, lembra bem mais o português que o espanhol. Enfim, no final, não foi um problema.


Barcelona foi a cidade mais linda que visitamos, em todos os sentidos. Construções exóticas arquitetadas por Antoni Gaudí, povo "latino" e clima mediterrâneo. A avenida Las Ramblas mostra muito bem esse lado da cidade. É como a Av. Paulista, só que... na Espanha. E sem os prédios altos. Ok, não se parecem muito. Mas mesmo assim, lembra. Você anda, anda, anda, e sempre tem alguma coisa nova para ver.

Foi num ônibus turístico pela cidade que nós juramos ter encontrado o Steven Spielberg, conforme contado em posts anteriores. Ele e a esposa. Mas até a aparição do maior cineasta de todos os tempos não nos distraiu da visão mais impressionante da Espanha: a Sagrada Família, catedral inacabada até hoje, também projetada por Gaudí, assim como quase tudo na cidade. Não conseguimos entrar, pois a fila estava quilométrica, mas deu pra ter uma boa ideia do seu interior, o que nos deixou pior. Talvez da próxima.


Entramos no Estádio do Barcelona, e eu saí convertida. Se é pra torcer por algum time europeu, que seja esse, então. Avaliado em 5 estrelas por alguma entidade importante do futebol irrelevante agora, ele é um ponto turístico divertido até para aqueles que não gostam de futebol. Como eu. Só de passear pelas salas interativas, tocando coisas e abrindo vídeos, olhando para os telões no teto, entrando praticamente no campo como os jogadores, e poder ouvir a torcida nos amplificadores, e tudo mais, já vale a pena.


Meu lábio rachou, assim como toda a minha cara, na saída do estádio. Mas não foi de emoção, foi pela umidade mesmo. Tivemos que correr pra uma farmácia, onde a farmacêutica catalã salvou o resto da nossa viagem. Afinal, aquela ainda era a segunda parada.

Toda a nossa estadia em Barcelona foi leve e divertida, e um dia eu ainda irei voltar para ver a catedral terminada. Se é que UM DIA vão terminar aquela coisa.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Melancolia vespertina...


Lembro vagamente de um post que fiz ano passado na entrada do 9 ano do Ensino Fundamental. Ele falava de bolhas, medo e filas de cantina, acho. Não vou dizer que era feliz e não sabia, porque, nananana, eu não era, não, nem adianta.

Mas, ok, estou ligeiramente menos feliz que antes.  Porque lembro também vagamente de um comentário que falava que no 1o ano, você enfrenta um monstro disfarçado de prova, e ele quer te comer. Não duvido.

Logo no primeiro dia de aula, todos falando da importância do PSC (Processo Seletivo Contínuo), que ele é a sua porta de entrada mais fácil pra faculdade e o quanto o Enem é uma loucura para passar e todas essas coisas.  É um saco, monótono e repetitivo. Mas você sabe que é verdade. Agora você é quase gente grande. E o 1o ano é o que possui mais conteúdos, mais matérias, mais estresses e unhas roídas, segundo depoimentos de sobreviventes que preferiram não se identificar.

É até engraçado, se você for parar pra pensar. Quando eu era pequena, achava que nunca iria chegar na 6a série. Nossa, a 6a série era algo inalcançável, nossa, nunca que eu iria viver para chegar na 6a série. E eu via nos filmes o pessoal super legal da 6a série, que saía por aí resolvendo mistérios e... sendo legal, ah, como eu queria ser um deles. E o pessoal da 6a série nas histórias sempre sofria bullying dos garotos enormes e malvados da... 7a série. Bons tempos, bons tempos.

Boas notícias aos navegantes - passamos da 6a série. Yay. Não só na 6a série, mas como também do 9 ano do Ensino Fundamental.

E agora nós temos aula a tarde. Que maravilha. Estudo de manhã desde que me conheço por gente, o que deve ter sido lá pela 2a série. Estudar a tarde a partir de então virou sinônimo de horror.

Lembrava da melancolia vespertina que sentia, a desgraçada sempre batia às 17 da tarde e durava até a hora de chegar em casa. Me sentia meio inútil e achava que estava desperdiçando tempo, perdendo a manhã e a tarde toda, tendo que fazer tarefa só à noite. Tudo isso na minha cabeça de 2a série era demais para aguentar. Saí do turno vespertino em setembro e terminei o ano no matutino.

Nunca fiz a 3a série. Mas isso porque no ano seguinte o ensino passou a ser contado em anos e não séries,  e fomos colocados automaticamente no 4o ano. Foi uma confusão. Enfim.

Só que agora estou sendo obrigada a estudar de tarde nas quartas-feiras. Entrando no colégio às 7 e só saindo às 18. O que é normal nessa fase do campeonato, mas ainda assim a pain in the ass. Bom, tudo é melhor que estudar no sábado.

Mas esse sentimento, essa melancolia, essa nunca vai embora. 17 horas ela dá oi. Mesmo com um dia da semana a mais, mesmo se fazendo útil, mesmo estando no 1o ano... o cérebro se engana.

E lá estamos todos nós, toda quarta-feira, alunos deprimidos, calouros do Ensino Médio, assistindo o último tempo do dia às 18 pelo resto do ano.

Dai-me paciência, porque se me der força eu mato.


Votos sinceros de boa semana, pessoal.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Desventuras em série

Eu nunca fui de assistir de séries de televisão. Sério. Nunca tive paciência, na verdade. As poucas que assistia, como House e Friends, eram na TV e só de vez em quando, um episódio aqui e outro lá.

Mas aí vieram as férias e bateu o tédio. Típico. Mas o que assistir? Glee? Não. Gossip Girl? Muito menos. Precisava de algo mais original. Algo mais a minha cara. Que fosse diferente, e que realmente chamasse a minha atenção. Um começo.

E então eu lembrei de uma série que uma tia havia indicado, Merlin, da BBC. Conta a história do feiticeiro Merlin durante a sua juventude, ajudando o então príncipe Arthur e se preparar para ser o maior rei que a Bretanha já conheceu, tudo isso sem nunca poder revelar o fato de que tem poderes mágicos. A série é muito divertida, conhecendo ou não a lenda, e atualmente encontra-se na sua 4a temporada.


E foi assim, de episódio em episódio, que eu finalmente cedi às séries. O ritmo da 1a temporada de Merlin ajudou bastante, já que eu ainda não tinha muita paciência para ficar 45 minutos vendo filme no PC, non-stop.

E tudo ia muito bem, obrigada, até que... Merlin acabou. Havia chegado o último episódio da 4a temporada, e agora.... só em Setembro. Eu pirei, por falta de termo melhor. Que injusto. Que triste.

E agora? Que faria eu do resto da minha vida? Digo, férias?

Eu só queria baixar, baixar, baixar. Fiquei fascinada, já que nunca tinha conseguido baixar uma música com sucesso pro computador. E foi aí que uma amiga me apresentou Sherlock.

Sherlock é uma série britânica, também da BBC (BBC rules), que faz uma versão contemporânea do mais famoso detetive de todos os tempos, mantendo os seus elementos mais clássicos. Os personagens, atores, roteiro, tudo te agarra logo de primeira e não solta mais. 


São duas temporadas, cada uma com 3 episódios de 1 hora e meia cada. Eu estava feliz novamente. Tudo era Sherlock.

Até que... Sherlock acabou, tão cedo quanto começou. Com um final de matar. Literalmente. E agora... só ano que vem. Que injusto, que loucura. Tudo era Sherlock e tudo doía. Tudo ainda é Sherlock e tudo ainda dói. E Merlin? Ah, Merlin...

Eu me sentia órfã.

Para piorar, ainda veio a SOPA. A SOPA e a PIPA. Que dia fatídico. E eu não conseguia mais baixar. Poxa, poxinha, logo agora que eu tinha pegado o jeito. Logo agora que eu queria assistir Doctor Who, The Tudors, séries realmente com a minha cara.

Mas veio a SOPA e disse "NÃÃÃÃO, você não vai ver, não" e eu repliquei "AH, É? AH, É, MESMO? POIS EU VOU... EU VOU... chorar".

Mas parece que as coisas agora já estão se acalmando. Tudo, é claro, menos a minha vontade de continuar assistindo séries. Catando, separando o joio do trigo, achando coisas interessantes de verdade.

E fazendo assim a minha vida virtual um pouco mais útil. E bem mais dolorida.



Bem vindos a Lisboa


Após 3 voos e mais de um dia de viagem, foi quando tudo realmente começou. Uma das muitas desgraças de morar em Manaus é ter que descer pro Rio de Janeiro para subir para Lisboa. É como pegar esse caminho <- para ir para esse caminho ->. Ah, ainda melhor - subir para Madrid e depois pegar a esquerda. 

Enfim, nunca mais voo de Iberia. É como uma TAM espanhola, com a diferença de que tudo lá é... antiquado. As instruções de bordo, os comissários, tudo é chato. Nem TV tem. Os filmes que passam tem a INTENÇÃO de fazer você dormir em algum momento durante as 10 horas de voo. E você mesmo assim ainda não consegue.

Eu teria vergonha de oferecer aquela "carne" safada no jantar. Uso o termo carne porque não consegui decifrar que parte da carne era. E mais ainda de oferecer aquela "massa" com aspecto esverdeado. Tocava Tchaikovsky, Mozart, Beethoven e músicas natalinas durante a decolagem e pouso, e músicas tensas durante as turbulências. A parte que eu gostei mesmo foi poder ver no "telão" o avião decolando, por uma câmera colocada do lado de fora da aeronave. Pena que estava de noite, e não tinha luz.

Três escalas e um dia depois, chegamos finalmente em Lisboa, no dia 30 de dezembro de 2011. Eu adoro Lisboa. De verdade. É como uma extensão de casa - só que mais fria, mais calma e bem mais enrolada.

Sempre digo que se você planeja passar um tempo na Europa, deve começar por Portugal. É como um treinamento psicológico pro que ainda está por vir. E sim, existe trauma psicológico. Durante os posts vocês irão entender o porquê.

Mas, concordo com você. Passar o dia 31 e 1o em outro país não é uma ideia muito inteligente. Isso, é claro, se você não for eu. Ou alguém que não tem motivos para estar lá nesses dias.


Por quê? Porque é fim de ano, ora pois. Tudo ou já está fechado ou fecha cedo. Assim, às 5 da noite. Sorte nossa que nós temos o tio Moura que é super top em Lisboa e sabe de tudo que está acontecendo, e pode então nos "guiar" pelas ruelas do interior de Portugal.

O último dia do ano foi muito divertido. Nós visitamos o ponto mais ocidental da Europa, ou seja, o cantinho mais próximo da gente, aqui na América. Se você continuar nadando reto, reto, reto, reto infinitamente, uma hora chegará em litoral estadunidense. Bom, isso se você não morrer antes. Mas essa parte a gente abafa.


Visitamos também o Castelo da Peninha, e quase fomos levados pelos ventos e uma tempestade assustadora que nunca chegou. Uma senhora brasileira caiu e saiu rolando escada abaixo. Meu irmão sumiu enquanto passeava corajosamente pelas ameias do castelo. A câmera quase caiu do precipício. Mas podem ir lá, é muito divertido. Ah, e o seu Moura coletou um cogumelo.

Era um cogumelo muito bonito.

Cinco horas, como previsto, tudo estava fechando. Inclusive a pizzaria que seria a nossa "ceia" de final de ano. O jeito foi correr pro shopping e comprar Pizza Hut enquanto dava, mesmo. Então, a ceia foi pizza de mussarela com pasteizinhos de belém e bombonzinhos horríveis de sobremesa.

Quando deu 23:58, estávamos entretidos assistindo um documentário sobre uma família portuguesa vivendo no Alasca, e foi aí que eu lembrei. "FALTAM 2 MINUTOS PRA 2012, TODOS EM SEUS LUGARES". Meu pai foi pegar o champagne, eu abri a porta da varanda pra ver os fogos e meu irmão pegou o celular para ligar para todos desejando votos de um ano novo feliz.

Acabou que não teve fogos em lugar nenhum em Lisboa, tava todo mundo já dormindo mesmo, e a gente lembrou que ainda eram 19 horas em Manaus. Fazer o quê. Mas o champagne conseguimos abrir. YAY.

No dia 1 de janeiro, passeamos pelo centro histórico de Lisboa, em Terreiro do Paço. Meu irmão quase morreu ao dar um espirro, e eu irei rir eternamente disso.



Lisboa foi a primeira e mais tranquila parada da nossa viagem ao redor de seis países europeus, no período de 19 dias.

Como já conhecíamos de outros carnavais os quatros cantos da "terrinha", deixamos esse começo só para relaxar. Matar a saudade do tio e da cidade. E comer. Comer bastante.

E vocês já vão entender o porquê.