sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ZzZzZzZ....

E então ela chegou em casa, trancou a porta do quarto. Trocou a calça pelo pijama. Fechou as cortinas. Pronto, pensou. Não importava se ainda eram 2 da tarde. Pois tudo que ela queria, tudo que almejava, seu objetivo de vida mais desejado, pelo menos a curto prazo... era dormir.

-Boa noite - disse para o Sol. E assim o fez.

Dormiu.
Só.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Searching for the light


And the most treasured of all
Are those who know how to look.
The ones with the most capable eyes
To find happiness where it lies.

Even though it may be far, these finders
Always search for the light, and the light only
Never giving up, never saying it's impossible
Because if you look closely, it's not impossible
At all.

The finders have a peculiar task in hands
That shall be fully completed in the end of days
Which consists in traveling to a different land
Miles away, but still so close
Just a blink of distance.
Just a thought that leads its way.

Light may be found if you know how to look
If you're clever enough not to perish
During the journey of darkness
That awaits for you.

Be a finder, not a loser
Be a fighter, do not perish
The prize is worthy
But journey is long.

Concentrate so you can fly
Even though it's only in your mind.
Close your eyes, dear
Because the light is in you

If you just know how to find.

Karla Kizem

sábado, 10 de setembro de 2011

CANAL K

E eu disse que estaria no YouTube. Promessa falada é promessa cumprida. Hoje mesmo, sábado, dia 10/09/2011, gravei meu primeiro vídeo para o Canal K, chamado É só uma formatura...

O feedback até agora está sendo fantástico, e eu não podia deixar de comentar aqui no blog. Os links do canal serão adicionados nas páginas do blog (acima). Acho que as postagens serão semanais.

Eu estou fazendo propaganda para Deus e o mundo, do Amazonas ao Chuí, do Chile ao Japão, em todas as redes sociais... agora é sentar e esperar.
Confiram o vídeo no Canal aqui ou aqui mesmo no blog.
 
 

sábado, 3 de setembro de 2011

Eu sou Otelo


Há tempos e tempos que quero, há tempos e tempos que meu espelho anseia de todo coração por esse dia, assim como todos os cômodos da minha casa, e meus vizinhos, provavelmente. Eu vou atuar. Finalmente irei atuar. Chega de monólogos incessantes e dramáticos na frente do espelho, treinando todos os diálogos inexistentes para as peças/entrevistas/entregas do Oscar também inexistentes, inexistentes ao menos para mim. Não mais.

Atendendo a todas as minhas preces silenciosas, o paradidático Otelo chegou. Meu irmão já teve a sorte de interpretar o Iago na sua 8a série, mas até hoje ele jura que nunca leu o livro, só a parte dele. Que desperdício. Pelo menos, eu herdei o livro. Cá está ele, me encarando enquanto escrevo. Otelo com um punhal na mão, Desdêmona assustada.

That would be quite a play, pensava. E será.

Certo. Não que sempre almejei interpretar um homem, velho, mouro, discriminado, enciumado e com tendências psicopáticas quando enfrentado, não, isso não. Mas já conheço o tipo. O personagem complexo que sempre projetei. Good challenge, great challenge. Thanks, Shakespeare.

Os problemas? Creio que já estejam meio óbvios. Mas irei enumerá-los, só pra questões de estética. Sabe como é que é.

1. Otelo é um homem, velho, mouro, discriminado, enciumado e com tendências psicopáticas quando enfrentado.

E eu sou uma menininha de 14 anos que nunca atuou fora do banheiro na vida. É preciso garra, força e coração pra aceitar a oportunidade e ir com fé nessa. Mas não é só ir com fé. Tem que ter talento também. E o banheiro de vez em quando te ilude a respeito do seu suposto talento. A única crítica vem do espelho, e ele não fala. Só reflete. Reflita sobre isso.

2. Os diálogos são arcaicos e muito, muito hilários.

Não ria em cena. Você é o personagem. Você está sofrendo. Dor, dor, sinta a dor. Isso. Don't. You. Laugh. Mas é difícil não rir com pérolas como essas.

- ELE CONFESSOU, DESDÊMONA!
- CONFESSOU O QUÊ?
- QUE A POSSUIU!
- DUVIDO QUE TENHA DITO ISSO!
- DEITE AÍ, IREI MATÁ-LA!
- QUE O SENHOR TENHA PIEDADE DA MINHA ALMA!
- AMÉM.
- E QUE MEU MARIDO TENHA PIEDADE TAMBÉM!
- QUIETA!

E se você foi profissional o bastante e não riu, outro na cena riu. E a mágica *faz movimento com as mãos* se perde. Certo, este não é exatamente o diálogo de verdade, mas você entendeu onde eu quis chegar. Algumas coisas desses livros clássicos são realmente forçadas, e quem paga o pato é o pobre ator. Eu, no caso. Até agora, não consegui segurar o riso na hora do "Amém".

3. O nervosismo.

Você está caracterizado. Você é o personagem. Você sabe as falas. Você está pronto. Você chega lá na frente e... err...

Eeeeeerrrrr........

Como é dura a vida de atriz principiante.