quinta-feira, 17 de maio de 2018

Coisas mágicas acontecem quando você diz "eu te amo"



Nunca me considerei uma pessoa dada a exageros. Algumas pessoas diriam que isso é muito “capricorniano” da minha parte, mas eu não consigo comprar a ideia de que a posição aleatória das estrelas no universo influencie tanto nas complexas personalidades que cada um de nós seres humanos apresente (“Isso é exatamente o que um capricorniano iria dizer.”)

Reflexões astrológicas à parte, eu sempre considerei o “eu te amo” um exagero. Algo que deve ser expressado, não verbalizado. Lembro de responder mensagens de “eu te amo” da minha mãe com o emoji de uma carinha feliz. Ou dar uma de Han Solo ao ouvir a confissão e proferir um emblemático: “Eu sei.”

Mas depois de mais de 2 anos morando sozinha, tendo saído de casa com problemas não-resolvidos com a minha mãe e o resto da minha família, percebi, na verdade, o quanto eu não queria ficar sozinha. Pior, me sentir sozinha.

Comecei com passinhos de tartaruga. “Eu te amo, filha.” “Me, too ♥”

Era difícil. Parecia dar espaço a uma vulnerabilidade que eu preferia suprimir à luz do dia. Então comecei a trabalhar na editora e estava feliz, então dizia: hey, olhe só pra mim sendo uma pessoa grande e traçando meu próprio caminho. “I love you, miga. Que orgulho de você, Karlinha.” “love you too”.

Quando começamos a trabalhar com o livro O Poder do Eu Te Amo, eu sabia que seria um daqueles difíceis. Não havia assistido o vídeo ainda quando tivemos a apresentação explicando qual seria o próximo lançamento.

Até hoje, se alguém vier me perguntar, eu juro que não sei explicar o que aconteceu naquele dia. Se foi a TPM, um clima propício ou só a água finalmente transbordando para fora do balde. Eu ouvi o Piangers. Absorvi as palavras que ele dizia, com tanta sinceridade e segurança. E naquele momento, eu acreditei nele.

Eu chorei. Chorei muito. Mandei o link para os meus pais. Meu irmão. Minhas amigas. De volta, recebi da minha mãe um áudio de 15 segundos:

“Eu te amo, filha. Eu te amo muito, muito, muito, muito. Eu te amo demais. Eu te amo.”

“Eu também te amo muito, mamãe.”







#digaeuteamo

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