segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O DIA MAIS FELIZ DO ANO



A aventura de um grupo maluco de amigos no "dia mais feliz do ano".

Pois é.

Quem viu RdM e amou levanta a mão!

É meio que impossível achar esse filme ruim.

Mas, vamos começar pelo começo.

Bem no começo.

Era dia 19/11, 2 da madrugada, e eu tava variando. Sabia que devia acordar cedo na manhã, mas mesmo assim, também não conseguia dormir.

Afinal, aquele não era mais um 19 de Novembro. Era a estreia mundial de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1, o filme mais aguardado do ano.

E como eu tinha certeza de que eu não me lembraria muito bem disso na hora de acordar (há, sou uma pessoa impossível de manhã), tomei uma decisão.

E programei o meu celular, gargalhando feio louca.

07:00

O celular toca, com a mesma música infernal de sempre, mas é a única que me acorda. Eu, como uma boa criatura que está de férias, aperto no botão "Pelos cuecões folgados de Merlin, por favor me perturbe daqui a 5 minutos".

Mas eu sou diabólica.

Dito e feito. 5 minutos depois, outro alarme do celular toca. Mas não era a mesma música infernal de sempre. Era nada mais, nada menos que Hedwig's Theme. Sim, a música tema de Harry Potter.

E eu sorri. "CARACAS, NÃO ACREDITO QUE ESQUECI!!"

E como se não bastasse, tinha uma mensagem piscando na tela "ACORDA, CRIATURA! É HOOOOJE!!!".

Há, a eu-da-madrugada é mesmo muito esperta.

Saí correndo pro chuveiro, feliz, pela primeira vez o ano inteiro, porque eu acordei cedo.


***

Lá estava eu, no salão, com pessoas puxando o meu cabelo, pensando 'AAAA, o que eu não faço pelo Harry".

Lá estava eu, no shopping, de manhã, pensando "O que eu tô fazendo aqui, mesmo?"

Enquanto isso, o mundo lá fora se rebelava. Minhas amigas me procuravam, ligavam pro meu celular, ninguém sabia onde eu tava...

Calma. Eu não sou uma pessoa tão requisitada assim.

É que elas iam pro shopping comigo, nós iríamos almoçar lá, e ficar esperando na fila.

Mas, ninguém me achava.

Voltei para casa e fui terminar de me arrumar, e ouvia o telefone tocando insistentemente. Deixei Jesus atender.

Literalmente, porque a moça que trabalha na minha casa se chama Jesus.

Numa dessas chamadas, era a minha amiga Jacqueline, que já estava lá embaixo do prédio, pedindo permissão pra subir.

Numa OUTRA chamada, era a Flávia, outra amiga, que tinha esperado na frente do prédio por muito tempo, eu não atendia, e foi pra casa da mãe, que era perto.

Ela se preocupou porque Jesus atendeu e disse "Ah, ela foi pro shopping com a mãe e não volta mais hoje".

Odeio Jesus.

Mas, ok, ok, tudo bem. A casa da mãe dela era perto mesmo, dava pra buscar a Flávia sem perder o caminho.

E, fomos.

No Millennium Shopping, almoçamos ao 12:30. E fomos para a livraria, porque a sessão só começava ás (droga, minha crase não funciona) 16:10.

Vimos uma revista com o Wagner Moura na capa, e dissemos "OLHA O CAPITÃO NASCIMENTO".

Nisso, a atendente passa por nós e fala "MAS QUE HOMEM FEIO".

Sim? Alguém perguntou? Além do mais, ela precisa de óculos. Mas tudo bem.

Vimos uma revista com o Daniel Radcliffe na capa, e dissemos "OLHA O HARRY POTTER", e ignorando os coros da mulher de "MAS QUE GAROTO FEIO", eu lembrei "Cara, é uma pena que tenha o álbum novo em nenhum lugar...".

E a mulher se provou útil.

"COOOMO ASSIM QUE NÃO TEM O ÁLBUM?? OLHA ELE ALI!".

E lá estava ele. Ou melhor, 3 dele.

Um pra mim, outro pra Jac, outro pra Flávia.

E assim que os álbuns acabaram na loja.

HÁ. Eram NOSSOS.

Momento loucura passado, nos dirigimos (Flávia, Jac, Lígia e eu) para a fila. A fila.

Já estávamos esperando a gritaria, o cinema entupido, pessoas vestidas de Harry Potter, qualquer coisa, quando:

"COMO ASSIM QUE NÃO TEM NINGUÉM? É HARRY POTTER!"

AFF.

Ok, ok. Iria lotar. Depois. Era cedo, ainda..

Na nossa fila, só tinha um grupo de pessoas muito estranhas, com cara de emo, lendo Mangá.

E ficamos atrás deles, felizes.

Muita gente começou a chegar para a sessão antes da nossa, e o lugar já estava começando a ficar animado.

Mas, aquela coisa... Nós queríamos sentar.

E eu "Por que não?"

Pronto.

Lá estávamos nós, sentadas no chão do cinema, esperando na fila, colando figurinha do álbum, serelepes.

E todo o cinema resolveu se sentar também.

15:20


O tempo não queria passar. COMO ASSIM QUE AINDA ERAM 15 HORAS?

Mais amigos tinham chegado: Gustavo, Kellen, João Paulo e Hilton.

O engraçado é que nem era pra ir tudo isso de gente.

Nós nos dávamos bem com todo mundo, menos com uma pessoa. Uma pessoa que se auto-convidou, e que podia estragar tudo. Vamos intitulá-la Fulano, porque esse é um blog de bem.

Pois muito bem. O Fulano é um projeto de galeroso irritante pra caramba, esnobe, arrogante e metido, mas que na verdade, não é nada. Nada útil. Só pensa que é.

Mas, todos tínhamos esperanças que ele não viesse. Porque tava todo mundo tão feliz...

Enquanto isso, fizemos vários amigos de fila, e encontramos um pessoal muito legal vestido com o uniforme de Hogwarts.

Um como Harry Potter, outro como Draco Malfoy, outro como Comensal da Morte, e outro sonserino de gênero discutível. Até agora não sabemos se era homem ou mulher. Tirem suas próprias conclusões.


Além do mais, tiramos fotos com os cartazes. Porque nós somos pessoas felizes. Já disse isso hoje? Pois é.


Tiramos fotos com querido Prof. Snape e com adorável Capitão Nascimento. Hehe, nossos ídolos.


15:50

Depois de ter gravado um hit "super amigável" pro Fulano e ter mandado pra ele por celular, estávamos meio entediados.

O cinema não estava lotado.

POXA, ERA HARRY POTTER!

Estava conversando com o colega que havia acabado de chegar, o Pedro, quando a Lígia vira pra mim e diz "O Fulano chegou".

Nem liguei.

Afinal, devia ser 2937 vez que ela dizia isso naquele dia, só pra zoar. Mas quando todo mundo começou a ficar meio apreensivo, eu resolvi me virar.

E não é que era ele mesmo?

Blusa gigantesca, bermuda, baixinho, cabelo enjoado de Justin Bieber, fone de ouvido e todo marrento... É, diga adeus aos seus planos felizes, Karla Kizem.

E sem dar "oi", sem cumprimentar, o Fulano acabou nos separando em dois grupos. O grupo que conseguia falar com ele, e o grupo que não suportava a presença dele.

Pelas calças de Merlin, mas que coisa!

16:00


A FILA ANDOU! A FILA ANDOU!

Sim, a moça já estava liberando a entrada para a sala 01.

E nessa hora, o idiota do Fulano fala: "Segura as pontas aí que eu vou comprar a minha pipoca".

Que "seguras as pontas aí" o quê! Em vez do criaturo ter comprado a pipoca 10 minutos antes, como toda pessoa sensata naquele cinema, resolveu comprar quando a fila já estava andando, e que estávamos no COMEÇO dela.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Dentro da sala, a alegria era contagiante.

Não estava lotado, as pessoas eram civilizadas, e ninguém batia atrás da sua poltrona ou gritava. Bem diferente da estreia de Lua Nova, quase um ano antes (20/11/2009).

Ufa.

16:10

As luzes apagaram.

O povo perdeu a voz.

O show ia começar.

Harry Potter e as Relíquias da Morte é, de longe, o melhor filme da saga. E apóio quem já disse "o filme foi feito pros fãs". Porque foi. E isso não é uma coisa ruim.

A Geração Harry Potter acompanha os filmes e livros desde 2000, e RdM 1 foi meio que uma homenagem a elas.

Com muitos flashes e comentários relativos aos filmes anteriores e aos livros, ninguém na sala parecia ficar confuso.

Afinal, eram os fãs de verdade e que estavam lá.

Os efeitos visuais eram de tirar o fôlego, e a Batalha dos 7 Potter foi, no geral, até mesmo melhor que o original de J.K. Rowling, com toda aquela perseguição nas ruas de Londres.

Pena que nem deram atenção a (olha a crase) morte da coruja Edwiges. Sério, aquela descida dela em espiral está até agora na minha cabeça.

E vejam só:

Foi um filme MUITO engraçado. Hilário. Mesmo.

As tiradas eram geniais, e as piadas visuais eram cômicas, dando destaque as (crase, crase) caras e bocas de Rupert Grint, como Rony Weasley.

Destaque também para a atuação de Emma Watson, que se superou, e interpretou uma perfeita Hermione Granger crescida.

Sem querer tirar os créditos também de Daniel Radcliffe, que arrancou gargalhadas de todos com suas 7 atuações como os 7 Potter. Hilário, hilário!


Além disso, toda sessão é única. Sério, nunca vai ser igual. As pessoas vão ser diferentes, sempre vai ter aquele momento que alguém grita alguma coisa muito engraçada, e que todo mundo ri.

Por exemplo, na sessão de uma amiga minha em Goiânia, na hora que o Harry estava entrando no casamento do Gui e da Fleur e ele pegava o pomo de ouro que estava voando ao lado dele, algúem gritou "O JOGO ACABOU! GRIFINÓRIA VENCEU!"

O cinema explodiu em gargalhadas.

Na nossa sessão, foi a mesma coisa. Na hora que a Batilda Bagshot aparecia, alguém gritou "LINDA! SEDUÇÃO!" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Caramba, mas, cá pra nós, aquela Batilda era mesmo assustadora. Que eu nunca cruze com aquela mulher na rua!

Ou então, os comentários de duplo sentido que ocorreram na sessão legendada. Quando a corça brilhante apareceu, o povo "OLHA O EDWARD! OLHA O EDWARD! AH, NÃO, SE FOSSE O EDWARD, SERIA UM VEADO!". KKKKKKKKKKKKKK

E na sessão legendada, então?

-Foi você que conjurou aquela corça, Harry?
-Que nada, meu patrono é um veado.

KKKKKKKKKKKKKKKKKK Sem comentários.




Agora, piadas a parte, o filme também teve parte muito lindas. A minha cena preferida foi a dança do Harry e da Hermione, que não estava no livro.

Sem coreografia certa, sem ser ótimos dançarimos, sem lembrar que estavam numa guerra, que estavam sozinhos, aparentamente abandonados... Eles simplesmente, dançaram.

Agora, uma coisa que a Warner deveria ter feito era deixar claro nesse filme que o Harry ama a Hermione como irmã, e vice-versa. Que chato ficarem brincando com o espectador assim, poxa, ela não é a Bella. Ela é apaixonada pelo Rony, e pelo Rony.

Maaaaas, fazer o quê, né?

Uma coisa não dá pra negar: Harry Potter as Relíquias da Morte Parte 1 foi o filme do Dobby - o elfo doméstico livre que virou divo.

Não sei se foi o spa que ele ficou esse tempo todo, a voz fofa a ou musiquinha perfeita que colocavam toda vez que ele aparecia, só sei que o cinema explodia em palmas ou em coro de "owwnnn" toda vez que ele falava.

E a frase do ano "Dobby não queria matar ninguém, Dobby só queria causar ferimentos graves" (ou qualquer coisa do tipo) fez todo mundo não conseguir parar de rir por 1 minuto.

É, Dobby. Todos nós choramos a sua perda, é sério, você fará falta.

Sério.

J.K. Rowling está num dia ruim. O que ela faz?

( ) Chora
( ) Come chocolate
( X) Mata Edwiges, Olho-Tonto, a orelha do Jorge e o Dobby.

Pois é. Vamos ensinar a tia Jo a canalizar as suas emoções, hehe.

Conclusão:

ACCIO JULHO!!! - porque eu não consigo mais esperar pra assistir a segunda parte do final da saga de Harry Potter.

E... droga. É o final, mesmo.

Mas prefiro não pensar nisso. Não até lá.

É, melhor assim.

Enquanto isso, é só assistir o filme de novo. E de novo. E de novo. Vááárias vezes.

Parece bom pra mim.

***

Ana Karla Kizem pretende assistir RdM 7 vezes nos cinemas. Número sugestivo, não?



Um comentário:

Anônimo disse...

Heey Karlita, adorei seu post, fikou mt engraçadinho. Queria mtt o "fulano" lendo isso, hehehe. Hoje, eu ponho as fotos no orkut, pra vc poder por aki :D

Beijo

Jacqueline Ausier