sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Bem vindos a Lisboa


Após 3 voos e mais de um dia de viagem, foi quando tudo realmente começou. Uma das muitas desgraças de morar em Manaus é ter que descer pro Rio de Janeiro para subir para Lisboa. É como pegar esse caminho <- para ir para esse caminho ->. Ah, ainda melhor - subir para Madrid e depois pegar a esquerda. 

Enfim, nunca mais voo de Iberia. É como uma TAM espanhola, com a diferença de que tudo lá é... antiquado. As instruções de bordo, os comissários, tudo é chato. Nem TV tem. Os filmes que passam tem a INTENÇÃO de fazer você dormir em algum momento durante as 10 horas de voo. E você mesmo assim ainda não consegue.

Eu teria vergonha de oferecer aquela "carne" safada no jantar. Uso o termo carne porque não consegui decifrar que parte da carne era. E mais ainda de oferecer aquela "massa" com aspecto esverdeado. Tocava Tchaikovsky, Mozart, Beethoven e músicas natalinas durante a decolagem e pouso, e músicas tensas durante as turbulências. A parte que eu gostei mesmo foi poder ver no "telão" o avião decolando, por uma câmera colocada do lado de fora da aeronave. Pena que estava de noite, e não tinha luz.

Três escalas e um dia depois, chegamos finalmente em Lisboa, no dia 30 de dezembro de 2011. Eu adoro Lisboa. De verdade. É como uma extensão de casa - só que mais fria, mais calma e bem mais enrolada.

Sempre digo que se você planeja passar um tempo na Europa, deve começar por Portugal. É como um treinamento psicológico pro que ainda está por vir. E sim, existe trauma psicológico. Durante os posts vocês irão entender o porquê.

Mas, concordo com você. Passar o dia 31 e 1o em outro país não é uma ideia muito inteligente. Isso, é claro, se você não for eu. Ou alguém que não tem motivos para estar lá nesses dias.


Por quê? Porque é fim de ano, ora pois. Tudo ou já está fechado ou fecha cedo. Assim, às 5 da noite. Sorte nossa que nós temos o tio Moura que é super top em Lisboa e sabe de tudo que está acontecendo, e pode então nos "guiar" pelas ruelas do interior de Portugal.

O último dia do ano foi muito divertido. Nós visitamos o ponto mais ocidental da Europa, ou seja, o cantinho mais próximo da gente, aqui na América. Se você continuar nadando reto, reto, reto, reto infinitamente, uma hora chegará em litoral estadunidense. Bom, isso se você não morrer antes. Mas essa parte a gente abafa.


Visitamos também o Castelo da Peninha, e quase fomos levados pelos ventos e uma tempestade assustadora que nunca chegou. Uma senhora brasileira caiu e saiu rolando escada abaixo. Meu irmão sumiu enquanto passeava corajosamente pelas ameias do castelo. A câmera quase caiu do precipício. Mas podem ir lá, é muito divertido. Ah, e o seu Moura coletou um cogumelo.

Era um cogumelo muito bonito.

Cinco horas, como previsto, tudo estava fechando. Inclusive a pizzaria que seria a nossa "ceia" de final de ano. O jeito foi correr pro shopping e comprar Pizza Hut enquanto dava, mesmo. Então, a ceia foi pizza de mussarela com pasteizinhos de belém e bombonzinhos horríveis de sobremesa.

Quando deu 23:58, estávamos entretidos assistindo um documentário sobre uma família portuguesa vivendo no Alasca, e foi aí que eu lembrei. "FALTAM 2 MINUTOS PRA 2012, TODOS EM SEUS LUGARES". Meu pai foi pegar o champagne, eu abri a porta da varanda pra ver os fogos e meu irmão pegou o celular para ligar para todos desejando votos de um ano novo feliz.

Acabou que não teve fogos em lugar nenhum em Lisboa, tava todo mundo já dormindo mesmo, e a gente lembrou que ainda eram 19 horas em Manaus. Fazer o quê. Mas o champagne conseguimos abrir. YAY.

No dia 1 de janeiro, passeamos pelo centro histórico de Lisboa, em Terreiro do Paço. Meu irmão quase morreu ao dar um espirro, e eu irei rir eternamente disso.



Lisboa foi a primeira e mais tranquila parada da nossa viagem ao redor de seis países europeus, no período de 19 dias.

Como já conhecíamos de outros carnavais os quatros cantos da "terrinha", deixamos esse começo só para relaxar. Matar a saudade do tio e da cidade. E comer. Comer bastante.

E vocês já vão entender o porquê.



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