sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

AVIÃO E A CASA AMERICANA

Este post faz parte do especial O DIÁRIO DE UMA VIAGEM PARA FLÓRIDA - THE SUNSHINE STATE. Parte 1.

19 de janeiro.
Eu esperava ansiosamente por esse dia - o dia que eu iria sair de Manaus, o dia que eu iria viajar para longe, o dia que eu iria para a FLÓRIDA - e já acordei animada.

Ou quase, porque eu nunca acordo animada.

WHATEVER, a única coisa que me incomodava era que eu iria perder uns 3 dias de aula durante a viagem, mas eu logo esqueci disso... Também, né?

O voo era no pior horário possível: 2 da tarde. Por que isso é ruim? Porque. você. sente. cada. hora. de. voo.
O voo tinha 5 horas e meia.

Aqui no aeroporto deu tudo certo, e o cara da Receita Federal até conhecia o meu pai, que estudou no Colégio Militar e foi Coronel-Aluno (uma baita coisa), e disse "Obrigada, Kizem" no final, admirado. E olha que quem devia dizer isso era a gente, afinal, era ele quem decidia se a gente viajava ou não... *risos*

Eduardo, eu e Carlinhos na Hamburgueria
Na sala de espera, meu pai nos contou mais sobre o Eduardo e sua família.
Eduardo é um super amigo do meu pai que mora em Miami, mas é colombiano, e é casado com a Renata, uma brasileira. O nome da filha deles é Sabrina, e ela português, inglês e um pouco de espanhol. Pode?
E tem, é claro, Teddy - o grande Terrier - que não deve ser esquecido.

Uma coisa que eu achei muito engraçada e peculiar, é que a Renata tem um medo mortal de penas. Sim, penas, penas de pássaro. É só ver uma voando que ela sai correndo e fica a uns 30 metros de distância.

O Eduardo disse que já tentou fazer ela perder esse medo estranho, pegando penas e balançando na cara dela. Resultado: ela passou uns dias traumatizada.

Hoje, quando o Eduardo vê uma pena, ele esconde, arrasta, engole, QUALQUER COISA. É, ele ficou com "pena" dela.

INCRIVELMENTE, o avião partiu EXATAMENTE na hora certa.
Estava passando "A Troca" no voo, mas quase nem deu pra assistir. O povo não parava em pé, e não deu pra ver o filme direito...
Sério, aquele avião parecia mais um ônibus.

Uma hora, o Carlinhos - meu irmão mais velho - ficou com o nariz agoniado para espirrar. COMPLETAMENTE agoniado. Acabou que ele espirrou na janela, sorte que tava fechada. Dois segundos depois, ele abriu a janela, e tava o maior sol, aí ele espirrou de novo, molhando (eca!) as DUAS partes da janela. Cara, na hora foi muito engraçado.

Eu tentei dormir, eu tentei ler, eu tentei ver o filme, eu tentei ouvir música... Eu só queria me manter ocupada. O voo parecia interminável.

ATÉ QUE SURGIU A VOZ DA SALVAÇÃO: O COMANDANTE DIZENDO QUE NÓS JÁ ÍAMOS ATERRISSAR. Foi como música pros meus ouvidos.

***

Os americanos me assustam.
Pra falar a verdade, tudo lá me assusta.
Começando por aquele troço lá da imigração.
Todo mundo mal encarado, doido pra te prender... Tá, não é bem assim, mas na hora parecia.
Meu pai entrou com o passaporte português dele, e deu mais uma vez tudo certo pra gente. Da outra vez, tivemos que ficar na salinha da FBI [?] esperando a autorização pra sair, por causa do nome do meu pai, que é "suspeito".

Os americanos me assustam.
Tinha um cara lá no aeroporto deitado num banco, cantarolando e olhando pra cima, com as mãos para o alto. Eu estava sentada perto dele, foi assustador. XD

SÓ QUE AÍ, CHEGOU O EDUARDO.
E ele nos levou pra uma hamburgueria muito boa que eu esqueci o nome.
O começo da viagem só foi chato porque eu tava muito nervosa e travada. Não entendia nada que as caixas falavam, e fugia das pessoas... Só pra não ter que falar nada.

Depois, o Eduardo nos levou pra casa dele, onde nós passaríamos duas noites antes de seguir caminho de carro pra Orlando, que é relativamente perto.

O engraçado é que naquela casa, todo mundo fala tudo muito misturado, várias línguas ao mesmo tempo. Um fala em inglês, o outro responde em português, e às vezes era tudo embaralhado na mesma frase.

Outra coisa fantástica na casa dele é a vista dos jardins de trás. Tem um lago, um chafariz ao fundo... enfim, é muito bonita.

No dia seguinte, Eduardo nos levou para conhecer Miami (meu pai sempre vai lá, mas eu e o Carlinhos não). Fomos a uma praia com um Farol, só pra olhar, é claro.

E, quando estávamos saindo, ADIVINHA O QUE EU ENCONTRO?

Um esquilinho, do lado do nosso carro.
Vocês são que eu não resisto a esquilos.
Eu tive que tirar fotos, e segui até ele sumir de vista.
Eles pulam muito fofinho, e são tão pequenininhos...

Depois, fizemos um passeio de barco, que mostrava as casas luxuosas de váários artistas que têm residência de férias lá. Sério, até a casa da Xuxa eu vi.

Só que aí... problema. Meu irmão conseguiu perder - de alguma forma - os óculos dele, e ficou me culpando pela perda daquela porcaria. O resto do dia foi tenso por causa disso.

À noite, fomos a um restaurante de massas. Estávamos todos lá, mais uma amiga da Sabrina, a Gianna, que não falava nem português nem espanhol. Eu queria ficar longe dela pra não ter que conversar, mas aí... me botam do lado dela.

AI, G-SUIZ!
"Ok, ok, eu aguento", ficava pensando.
Provavelmente eu falei muita besteira, maaas...

No final do jantar, eu vi a Renata conversando com um garçom sobre alguma coisa. Ok. Dois minutos depois, TUDO SE APAGA, OS GARÇONS SURGEM DA COZINHA, E A MINHA MESA COMEÇA A CANTAR PARABÉNS EM PORTUGUÊS NO RESTAURANTE.

"WTF?" - eu pensei, assim como o resto das pessoas devem ter pensado também.

Eis que surge um bolo magnífico, e eu percebo que aquilo tudo é pra mim.
"MAS O MEU ANIVERSÁRIO FOI DIA 10!" - tentei argumentar, mas nem insisti, afinal, o bolo parecia muito bom.

O Eduardo disse que ainda tinha MAIS UM presente de aniversário: Três entradas para o Cirque du Soleil, do show La Nouba.

Eu estava mais ou menos assim: " ... ".
Pelo visto, a viagem seria boa.


Carlinhos, Sabrina, Gianna, Carlos (papai), eu, Renata e Eduardo


Mais fotos...








2 comentários:

Gabi disse...

Caraca, deve ter sido muito maneira a sua viagem!

P.S.: Que esquilinho fofo *----*

Pipo disse...

Quero mais ! Aliás, a viagem toda, viu ? Beijo, meu amor. Pipo.